Alô a todos.
É um verdadeiro escândalo o que os grandes mercados estão fazendo em dezembro. Se travestem de nomos como Supermercados, Hipermercados, Atacarejos e jogam o preço na estratosfera.
Imaginem um senhor de meia idade, sem emprego, sem nenhuma perspectiva de trabalho, recebendo 400 REAIS de Auxílio do Governo. Ele vai no armazém do bairro e compra um mínimo para sobrevivência, mas como nós brasileiros somos imediatistas, raramente pesquisamos preços.
Ou vai me dizer que você faz pesquisa de preços? Meio quilo de arroz na venda do Zé está mais cara do que no armazém do Chico?
Só que o Chico não aceita cartão e nem “pindura” na caderneta. O Zé “anota” pra pagar depois… (como se um dia a conta não chegasse). E ai de você se não pagar…
Aí ele vai no Supermercado, Só que no supermercado não vende meio quilo de arroz…
Não vende um punhadinho de feijão, então, só comprando do Zé mesmo.
E ele nem olha pra notinha, pra ver o valor dos impostos. Só pra se ter uma ideia, em uma compra de 500,00 você paga 44,83 em impostos federais mais 45,28 em tributos para o Governo do Estado. Ou seja, de impostos da sua comprinha, são 90 reais que vão para os cofres dos governos. São quase 20% pagos exatamente para quem nada produz, nada transporta, nada vende, nada paga.
Mas aí, copiam a campanha americana com o nome de Black Friday, que em tradução livre podemos chamar de SEXTA PRETA. E tome liquidação de araque, aumento de preços na segunda-feira para poder dar “desconto” para a próxima sexta. Enganação pura!
E aqui não faço como certos jornalistas da mídia global que falam de inflação e alta de preços como se eles soubessem quanto custa o arroz e o feijão, porque se alimentam no restaurante da empresa DE GRAÇA.
Tenho raiva de quem acha que estou falando mal dos governos. Não se trata de política, é uma questão da esperteza que se pratica nas grandes redes (e muitas vezes nas pequenas também). É uma farra. Mais que isso é uma safadeza.
Alimentos de sobrevivência não podem sofrer com a pouca vergonha dos comerciários. Ora, se têm dinheiro para fazer propagandas milionárias na televisão porque não aplicar esse dinheiro para fazer campanhas de alimentação para os menos favorecidos?
A grande epidemia do Brasil não é a Covid 19. É a fome! A fome mata mais que qualquer doença.
Sei que dezembro é um mês de muitos tapinhas nas costas de gente que não procurou você o ano inteiro e vem te desejar “boas festas” …
Ora bolas, boas festas para quem? Isso chama-se injustiça social. Sei que falar desse tema é cantar com Chitãozinho e Xororó: “eu agora estou falando com as paredes” …, mas não posso perder o meu direito de indignação. Brasileiro não precisa de sopa de letrinhas chamados de partidos políticos. Precisa muitas vezes mais de sopa de macarrão, de fubá.
Não podemos nos calar diante desse absurdo. Paremos de discutir se é homem contra mulher, negro contra brancos, ideologias de gênero. O grande problema que assola o país são os ricos contra os pobres. Aí está o centro de todas as guerras que enfrentamos. Aí reside o mal que vivemos diariamente. Concordando ou não, faço um pedido a você: Pense nesse assunto. Porque Natal não é para comprar pisca-pisca para a árvore. É dia de celebrar o nascimento de Cristo. É para refletir que na vida tudo o que fazemos volta para nós mesmos.
Seja feliz, mas olhe a notinha do Supermercado.
Até Sexta-Feira que vem
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.