O período de férias escolares é um bom momento para pais e responsáveis levarem os pequenos ao oftalmologista para um check-up dos olhos. O desenvolvimento visual das crianças, ou seja, a capacidade plena de enxergar, acontece até os sete anos de idade, portanto, quando uma deficiência visual deixa de ser diagnosticada precocemente, há importantes prejuízos no aprendizado, sobretudo na fase da alfabetização.
Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica existem 720 crianças com baixa visão para cada milhão de brasileiros. A entidade recomenda a realização do Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho – TRV) nos primeiros 30 dias de vida do bebê, seguida de uma nova avaliação oftalmológica entre 06 e 12 meses. A partir dos 3 aos 5 anos, a criança deverá ser levada ao oftalmologista para um exame completo, e com 6 anos passará a manter um acompanhamento anual.
Do mesmo modo, é importante que os adultos fiquem atentos aos sinais sugestivos de uma dificuldade visual, que são dados dentro de casa e em sala de aula. São eles: aproximar os olhos de objetos e telas para ver melhor, queixas frequentes de dor de cabeça, dificuldade de aprendizado.
A hipermetropia é um dos erros refrativos mais comuns em crianças, porém hoje estamos vivendo uma “epidemia” de miopia e cada vez mais cedo crianças têm apresentado a condição com uma velocidade maior de progressão do grau. A miopia é definida quando a imagem de um objeto distante se forma anteriormente à retina e é caracterizada pelo aumento do comprimento axial do olho. O uso excessivo de telas e a consequente redução do tempo ao ar livre propiciam o aumento do comprimento axial do olho, contribuindo para o surgimento da miopia.
Os erros de refração podem ser corrigidos com óculos e o devido acompanhamento médico. Nesse caso, pais, cuidadores e professores devem estimular o uso, e jamais criticar a estética dos óculos, mostrando os benefícios para a criança, como a melhora da visão e a capacidade de executar melhor tarefas e brincadeiras do dia a dia.