Alô a todos!
Quem acha que essa linguagem neutra proposta no Brasil é uma coisa nova, nunca assistiu os Trapalhões. O nosso eterno Mussum já a praticava com os seus inesquecíveis “Cacildis, estranhis, homis, mulheris” … Aliás essa prática só poderia ser mais ridícula se quem a usasse fosse comparada ao nome do programa: OS TRAPALHÕES.
Mudar o nosso dialeto por conta de um modismo ridículo é tão imbecil quanto quem a pratica. O problema que dessa vez não é o Mussum; são MINISTROS, ativistas e “lacradores”- detesto essa palavra e até professores, que do alto do seu diploma de pedagogia querem impor um absurdo desse. Daqui a pouco vão propor uma mudança na língua portuguesa em que só eles acreditam para mostrar às nossas crianças que é “todos, todas e todes, é o politicamente correto.
Ora, professor não tem que ser politicamente correto, basta SER correto e ensinar o que os livros didáticos ensinam. Do tipo – eu sou, tu és nós somos, vos sois eles são. O que é um sujeito, um verbo, um predicado, para que não sejam meros ativistas, mas profissionais de ensino de verdade.
Já dei aula na rede pública de ensino, ensino universitário, MBA, e nunca precisei falar sobre minhas preferências políticas para quem quer que seja, porque ser professor não é uma profissão, mas um sacerdócio, porque de certa forma estamos formando o intelecto, a educação e acima de tudo o caráter de uma geração.
Dito isso, fico aqui pensando, como o Luisinho (nome fictício, é óbvio) de 10 anos de idade, escreveria quando o Professor ou a Professora mandasse uma “– assim mesmo com letra maiúscula por causa da nobreza da profissão exige – uma carta ao Lula. Mas como ele escreveria uma carta ao Presidente da República “legitimamente” eleito? Vamos à carta de Luisinho:
QueridE Presidente LulE.
Primeiro quero agradecer ao senhorE pela picanhE que eu vejo nos açougues, porque lá em casa só tem pão e ovE. Agradecer também, porque a expresidente DilmE não pode mais ser chamada de PresidentA, agora teria que ser Presidente, já que a linguagem de gêrnerE não permite. Quero agradecer também o fato de que papai e mamãe que ganham R$1.900,00 por mês vão ter que pagar impostE de RendE mesmo ganhando essa misériE que tantos BrasileirEs ganham.
Perguntam ao senhor se o senhor chama sua mulher de JanjE… Seus ministros de MinistrEs e se o salário mínimo também vai ser chamado de MinimE.
Se os verdadeirEs problemas do Brasil, serão resolvidEs, porque até agora só ouço notíciEs prá lá de EstranhEs, na Rede GlobE, na CNN e na velhE mídia (ou seria MídiE ?) que tanto ajudou o senhorE nessas eleições?
A verdade é que os grandes temas do Brasil não estão sendo combatidos como deveriam ser e os “lacradores” de plantão só querem sombra, água fresca e DUAS SEMANAS de Carnaval. E todos deveriam escolher uma fantasia de Palhaços porque não são nada além disso. O problema é quem paga o ingresso desse circo somos nós. Quem garante milhões, bilhões nas contas deles somos nós- esse povo alegre e festivo – que se tornou ridículo pela extrema divisão política a que fomos submetidos nos últimos anos.
Ah!Vai catar coquinho que a gente anda cheio dessa classe que só faz nos desmoralizar no mundo com suas balelas e mentiras (que também podem chamar de narrativas) em função de um projeto de poder. Não. Isso nada tem a ver com partidarismo. Tem a ver com vergonha. E eu me recuso a ter vergonha do país que eu nasci, meus filhos nasceram, meus netos nasceram e que têm sido doutrinados. O Brasil não se curvará aos desmandos, à farra com o dinheiro público e às tentativas ridículas de mudarem até a nossa maneira de falar.
Até a próxima semana!
José Francisco Resende
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