Lei que proíbe violência nas escolas já está em vigor

A nova Lei dispõe sobre a adoção de medidas voltadas para a defesa civil e a prevenção e a redução dos efeitos de acidentes e de atos violentos nas escolas da rede pública de ensino do Estado.
O plenário da Câmara Municipal de BH aprovou por unanimidade

Lei  que proibe violência nas escolas já é realidade em Minas. 

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), que estava como governador em exercício sancionou, na última terça-feira, dia 9 de maio, a Lei 24.315, de 2023, que dispõe sobre a adoção de medidas voltadas para a defesa civil e a prevenção e a redução dos efeitos de acidentes e de atos violentos nas escolas da rede pública de ensino do Estado.

A nova lei originada do Projeto de Lei (PL) 993/19, do deputado Sargento Rodrigues (PL) foi aprovada de forma definitiva, em 2º turno, na Reunião Ordinária do Plenário realizada no último dia 12 de abril.

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A nova lei prevê, logo em seu segundo artigo, como objetivos:

**promover a capacitação e o treinamento de alunos e profissionais da educação em procedimentos de prevenção e de emergência em caso de ocorrência de desastres, acidentes e atos violentos;

**incentivar a criação de campanhas educativas sobre as ações de defesa civil e sobre a prevenção e a mitigação dos efeitos de acidentes e de atos violentos nas escolas da rede pública de ensino do Estado;

**conscientizar os membros da comunidade escolar acerca da importância dos temas relacionados com a percepção de riscos e as formas de prevenção de desastres, acidentes e atos violentos no ambiente escolar e doméstico e em outros locais considerados vulneráveis;

**incrementar as ações preventivas de segurança contra desastres em escolas situadas em áreas de risco;
incentivar a formação de brigadas de emergência e de equipes de monitores para auxílio especializado, no caso de situações de risco de desastres, acidentes e atos violentos no ambiente escolar;

A Lei 24.315 ainda estabelece:

**o desenvolvimento de metodologias de treinamento, que incentivem a participação dos alunos em procedimentos de prevenção e de emergência em caso de ocorrência de desastres, acidentes e atos violentos no ambiente escolar;

**a divulgação de informações a respeito das ações de defesa civil e de prevenção e mitigação dos efeitos de acidentes e atos violentos nas escolas;

**a realização periódica de exercícios simulados para aplicação prática dos procedimentos aprendidos;

**a busca de cooperação intersetorial com órgãos e entidades da administração pública, entidades privadas sem fins lucrativos ou voluntários, de forma a promover o aproveitamento de recursos humanos especializados e a otimizar os custos das atividades;

**a continuidade e regularidade das atividades relacionadas com a defesa civil e com a prevenção e a mitigação de acidentes e atos violentos nas escolas;

**a articulação entre os sistemas municipais e estadual de ensino e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) na implementação das ações de defesa civil no ambiente escolar;

**a articulação entre os sistemas municipais e estadual de ensino, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar na implementação das ações de prevenção e mitigação dos efeitos de acidentes e atos violentos no ambiente escolar.

Tema é pauta prioritária na ALMG

A violência em ambiente escolar tem sido pauta prioritária na ALMG desde que dois casos de atentados em escolas tiveram repercussão nacional.

O primeiro foi o atentado à Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo (SP), em 27 de março deste ano. O agressor, que era aluno da escola e tinha 13 anos, esfaqueou quatro professoras e outro aluno, levando à morte da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos.

O segundo caso foi na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), invadida em 5 de abril deste ano por um homem de 25 anos, que matou quatro crianças com um machado.

Nos dois casos há indícios de que os autores faziam parte de comunidades on-line que cultuam armas, atentados em massa e incitam a violência. A principal dificuldade nas investigações desses casos tem sido colocada pelas redes sociais, que se recusam a fornecer dados sigilosos sobre os criminosos para a Justiça Brasileira. 

Segundo dados apresentados na ocasião pela promotora Ana Carolina Zambon Pinto Coelho, entre 2002 e 2023 foram registrados 27 ataques a escolas no Brasil. Desse total, 13 atentados ocorreram nos últimos oito meses, o que evidencia o agravamento do problema.

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