Indústria registrou alta de 2,8% em agosto
A Pesquisa Indicadores Industriais mostrou expansão em quatro das seis variáveis analisadas em agosto, frente a
julho. O faturamento da indústria geral (indústria de transformação + indústria extrativa) registrou crescimento de 2,8%, justificado pelo aumento de pedidos no segmento de transformação. As horas trabalhadas na produção apresentaram acréscimo de 0,6%, resultante da normalização da produção após paradas técnicas ocorridas em algumas empresas no mês anterior.
No que tange ao mercado de trabalho, a massa salarial expandiu 1,7% em agosto, devido ao pagamento de participações nos lucros e resultados – o que também contribuiu para elevar em 1,8% o rendimento médio real da indústria. O emprego, por sua vez, recuou 0,7%, sendo a maior variação negativa registrada em 2023.
No acumulado do ano até agosto, a indústria mineira apresentou, de modo geral, resultados positivos. A normalização das cadeias globais de suprimentos e a dispersão dos efeitos inicias causados pela guerra na Ucrânia propiciaram o recuo nos custos de produção e, portanto, nos preços de bens industriais. Além disso, políticas de transferência de renda, aliadas à resiliência do mercado de trabalho, contribuíram para certa sustentação da renda e, assim, da demanda das famílias.
No cenário prospectivo, a expectativa é de desempenho moderado da indústria. O mercado de trabalho resiliente e o arrefecimento da inflação continuarão favorecendo o consumo das famílias. No entanto, a política monetária contracionista – apesar da perspectiva de continuidade de cortes na taxa Selic – deverá seguir restringindo a demanda por bens industriais, em especial aqueles mais dependentes de crédito.
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