A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão, hoje, segunda-feira, na investigação que apura possíveis receptores dos relatórios produzidos pela ‘Abin paralela’.
Um dos alvos dessa operação é o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos). Agentes da PF estiveram no gabinete do vereador e na residência dele nesta manhã para cumprir a ordem de busca.
Além de Carlos Bolsonaro, assessores do filho ’02′ também são alvo da PF na manhã desta segunda-feira.
Nesta fase da operação a investigação é se os relatórios apócrifos supostamente produzidos por Ramagem teriam sido endereçados à família do ex-presidente.
De acordo com a Polícia Federal, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã.
As buscas ocorrem nas cidades de Formosa (GO), Brasília (DF), Angra dos Reis (RJ), Salvador (BA) e cinco mandados na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
O esquema investigado pela Polícia Federal teria se instalado dentro da Abin entre 2019 e 2022, durante a gestão do ex-diretor da agência, Alexandre Ramagem.
Hoje, Ramagem ocupa o cargo de deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro e é pré-candidato do partido para a prefeitura da capital fluminense.
A operação “Vigilância Aproximada” é um desdobramento da operação “Última Milha”, que começou em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso do software israelense chamado “FirstMile” dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A investigação aponta que o esquema ilegal de espionagem teria ocorrido entre 2019 e 2022, durante a gestão do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Segundo as informações, o software “FirstMile” seria capaz de obter dados de geolocalização em dispositivos móveis sem autorização judicial, e teria sido utilizado para espionar jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos.
Além disso, os relatórios produzidos ilegalmente pela agência teriam sido usados para informar o presidente e seus aliados.
Na última semana, Ramagem, que atualmente é deputado federal e pré-candidato do Partido Liberal (PL) para a prefeitura do Rio de Janeiro, foi alvo da operação “Vigilância Aproximada”, que resultou em mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Brasília, Angra dos Reis, Salvador e Rio de Janeiro.