Debate sobre mudança do Marco Zero de BH continua

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Vereador busca reconhecimento do ponto geográfico onde se encontra edificada a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem como Marco Zero do Município. Foto: Karoline Barreto/CMBH.

Capital ainda não tem Marco Zero oficialmente.

Belo Horizonte não tem um Marco Zero oficial e o reconhecimento da Igreja da Boa Viagem como ponto de origem da cidade seria uma retratação histórica.

É o que afirmam especialistas que participaram de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, realizada nesta segunda-feira (19/2).

O debate, requerido por Sérgio Fernando Pinho Tavares (PL), teve como proposta subsidiar os vereadores quando da votação do Projeto de Lei 710/2023, que propõe o reconhecimento do ponto geográfico onde se encontra edificada a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem como Marco Zero do Município.

A visão modernista na qual a cidade de BH foi concebida teria levado ao apagamento da história, e o parlamentar se comprometeu, diante de um parecer contrário por parte da Fundação Municipal de Cultura, a encaminhar um pedido à Prefeitura de BH para que reavalie sua posição.

O debate sobre o reconhecimento da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem como Marco Zero de Belo Horizonte é um tema relevante que envolve questões históricas e culturais.

Abaixo alguns pontos que foram debatidos na audiência ontem, na Câmara Municipal de BH.

1- Ausência de Marco Zero Oficial:

Belo Horizonte não possui um Marco Zero oficialmente reconhecido até o momento.

2- Proposta do Projeto de Lei (PL) 710/2023:

O PL propõe o reconhecimento do ponto geográfico onde está localizada a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem como Marco Zero do Município.

  1. Histórico da Capela:
    • O debate é fundamentado em um dossiê apresentado por uma comissão de estudiosos, que destaca a edificação de uma capela por Francisco Homem Del Rei, localizada onde hoje se encontra a Igreja da Boa Viagem.
    • A capela e a vila ao seu redor, frequentadas por tropeiros, são consideradas pelos defensores da proposta como o verdadeiro ponto de origem da cidade.
  2. Posicionamento da Fundação Municipal de Cultura (FMC):
    • A FMC expressou um entendimento divergente, indicando que a Comissão Construtora da cidade tinha a intenção de demolir a capela na época da construção da nova capital.
  3. Três Marcos Zeros Não Oficiais:
    • Existem três pontos considerados Marcos Zeros na cidade: Praça Sete, Igreja da Boa Viagem e o conjunto arquitetônico da Pampulha, mas nenhum deles é oficial.
  4. Importância Histórica e Cultural:
    • A discussão ressalta a importância de preservar o patrimônio histórico e cultural, destacando o papel da Igreja da Boa Viagem na formação da cidade.
  5. Projeto Elitista e Higienista:
    • Há críticas ao projeto elitista e higienista que resultou na construção da nova capital, rompendo com o que já existia e promovendo um apagamento histórico.
  6. Compromisso do Vereador:
    • O vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares, autor do PL e do requerimento da audiência, se comprometeu a encaminhar um pedido à Prefeitura de Belo Horizonte para reavaliar a posição da Fundação Municipal de Cultura.

A discussão envolve não apenas a busca por um Marco Zero oficial, mas também a reflexão sobre aspectos históricos, culturais e sociais relacionados à fundação da cidade.

O reconhecimento da Igreja da Boa Viagem como Marco Zero seria uma retratação histórica e uma correção de interpretações anteriores.

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