Fecomércio MG: Natal impulsiona vendas no varejo mineiro

Segundo o levantamento, 36% dos empresários entrevistados declararam que as vendas superaram suas expectativas.
Pessoas caminhando em calçada movimentada com lojas. Pessoas caminhando em calçada movimentada com lojas.
De acordo com a pesquisa Monitor de vendas pós Natal, realizada pela área de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG em todas as regiões de Minas Gerais, 36% dos empresários afirmaram que suas expectativas de vendas foram superadas. Foto: Fecomércio MG/Divulgação.

O Natal, tradicionalmente a data mais importante para o comércio varejista, trouxe em 2024 resultados positivos para o setor em Minas Gerais, conforme apontado pela pesquisa realizada pela Fecomércio MG. Embora o cenário tenha apresentado desafios, os números gerais indicaram desempenho satisfatório, com otimismo crescente entre os empresários mineiros.

Resultados de vendas refletem otimismo e estabilidade

Segundo o levantamento “Monitor de Vendas Pós-Natal”, conduzido pelo setor de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG em todas as regiões do estado, 36% dos empresários entrevistados declararam que as vendas superaram suas expectativas. Outros 40,9% relataram resultados similares ao mesmo período de 2023, apontando uma estabilidade positiva em meio ao cenário econômico desafiador.

Por outro lado, 29,3% dos comerciantes indicaram um desempenho abaixo do esperado, atribuindo essa queda principalmente ao desemprego e à redução no fluxo de clientes nas lojas físicas. Ainda assim, a movimentação geral manteve o mercado aquecido durante as festividades.

Impacto emocional e comportamento do consumidor

O fator emocional do Natal, tradicionalmente ligado ao ato de presentear e às celebrações familiares, continua a ser um dos principais motores de consumo. O desejo de manter a tradição de confraternizações e troca de presentes impulsionou as vendas, especialmente em itens populares como vestuário, brinquedos e cosméticos.

O estudo apontou que o gasto médio dos consumidores variou entre R$70,00 e R$200,00 por presente, com uma média de três presentes adquiridos por consumidor. Entre os que compraram em maior volume, o pico foi de 10 presentes, enquanto outros adquiriram apenas um item.

O cartão de crédito se manteve como o meio de pagamento mais utilizado, representando 55,7% das transações realizadas no período.

Crescimento das vendas online e presença digital

O comércio eletrônico também se destacou nas vendas de Natal em Minas Gerais, demonstrando o avanço da digitalização no varejo local. Cerca de 25% das empresas participantes da pesquisa relataram vendas online, utilizando majoritariamente plataformas como WhatsApp, Instagram e lojas virtuais próprias.

A economista da Fecomércio MG, Fernanda Gonçalves, destacou o impacto positivo do comércio digital:

“As pequenas e médias empresas têm explorado cada vez mais as plataformas digitais, o que ampliou o alcance e possibilitou a adaptação ao novo comportamento de consumo, especialmente em datas comemorativas como o Natal.”

Essa tendência de digitalização vem proporcionando novas estratégias para atrair o público, como ofertas exclusivas para compras online e campanhas de marketing direcionadas nas redes sociais.

Contratação de temporários e adaptação do mercado

Para dar conta do aumento na demanda durante o período natalino, parte dos empresários optou pela contratação de mão de obra temporária. A pesquisa revelou que 14,9% dos entrevistados admitiram novos funcionários de forma sazonal, reforçando as equipes para melhor atender os clientes durante o pico de vendas.

Ainda assim, muitos lojistas precisaram lidar com desafios como a instabilidade econômica e a insegurança financeira de parte da população, que afetaram o poder de compra em determinados segmentos.

Setores mais aquecidos e tendências para o futuro

O levantamento da Fecomércio MG evidenciou que os setores de vestuário, perfumaria, brinquedos e eletrônicos foram os mais procurados durante as compras natalinas. Produtos de ticket médio mais acessível tiveram maior rotatividade, enquanto itens de maior valor agregado dependeram mais de promoções e condições especiais de pagamento.

A economista Fernanda Gonçalves reforçou que, apesar dos desafios, há um sentimento de confiança para o próximo ano:

“O desempenho registrado no Natal é um termômetro positivo para o comércio. Os empresários demonstraram resiliência e capacidade de adaptação, e a expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, impulsionada por estratégias de inovação e digitalização.”

Expectativas para o primeiro trimestre de 2025

O setor varejista mineiro entra em 2025 com expectativas de manter o ritmo de crescimento, impulsionado por datas comerciais como o Dia das Mães e liquidações de início de ano. O fortalecimento das vendas online e a continuidade de estratégias promocionais tendem a ser fatores determinantes para esse desempenho.

Ao mesmo tempo, a Fecomércio MG destaca a importância de políticas que favoreçam o consumo, como incentivos ao crédito e programas de capacitação para os lojistas se adaptarem às novas demandas do mercado.

O Natal de 2024 em Minas Gerais evidenciou a força do comércio local, mesmo diante de desafios econômicos. As vendas atingiram um patamar satisfatório para a maioria dos empresários, impulsionadas pelo apelo emocional da data e pela expansão do comércio digital.

Acesse a pesquisa Monitor de vendas pós Natal.

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