Câmara de BH aprova regulamentação do serviço de mototáxi por aplicativo

E também medidas de incentivo à liberdade econômica
Regulamentação teve 39 votos a favor. Foto: Dara Ribeiro/CMBH.

O Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, nesta semana, duas propostas de destaque que impactam diretamente os setores de mobilidade urbana e empreendedorismo da capital mineira.

Ambas foram aprovadas por ampla maioria, marcando avanços em políticas de segurança, trabalho e liberdade econômica.

Regulamentação do serviço de transporte por aplicativo em motos

Com 39 votos favoráveis, os vereadores aprovaram, em 1º turno, o Projeto de Lei 19/2025, de autoria do vereador Pablo Almeida (PL), que regulamenta o serviço de transporte de passageiros por motocicleta via aplicativos.

A proposta prevê:

  • Obrigatoriedade de seguro de acidentes pessoais aos passageiros;
  • Uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como capacete homologado;

Para as operadoras de aplicativo:

  • Monitoramento em tempo real das corridas;
  • Fiscalização do cumprimento das normas de segurança;
  • Treinamentos periódicos para os motociclistas.

O projeto recebeu apoio de diferentes bancadas. O vereador Sargento Jalysson (PL) destacou que a proposta garante o “direito de trabalhar” dos motociclistas, especialmente após o episódio em que o Ministério do Trabalho tentou suspender o serviço por 90 dias no início do ano.

Parlamentares do PT e PSOL apresentaram emendas visando mais garantias aos trabalhadores, como:

  • Criação de pontos de apoio;
  • Equipamentos adicionais de proteção (coletes refletores e antenas corta-pipa);
  • Exames periódicos de saúde;
  • Melhoria na remuneração dos motociclistas.

O líder de governo, Bruno Miranda (PDT), anunciou a apresentação de um substitutivo ao texto original, que será discutido em 2º turno, com foco em ampliar a proteção aos trabalhadores e aos usuários do serviço.

Liberdade Econômica

Também foi aprovado, em 2º turno, o substitutivo ao PL 1013/2024, que institui a Declaração Municipal de Direitos de Liberdade Econômica em Belo Horizonte.

Aprovado com 37 votos favoráveis e apenas 1 voto contrário (Pedro Patrus – PT), o texto visa:

  • Desburocratizar a abertura de negócios;
  • Dispensar alvarás para atividades econômicas de baixo risco;
  • Garantir tratamento isonômico entre empreendedores;
  • Criar mecanismos automatizados para solicitações públicas.

De autoria do vereador Braulio Lara (Novo) e outros 12 parlamentares, o projeto recebeu um novo texto apresentado por Bruno Miranda, que incluiu dispositivos de apoio a microempreendedores, como:

  • Tratamento simplificado a MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte;
  • Redução do prazo de entrada em vigor da lei (de 180 para 90 dias);
  • Exigência de regulamentação por parte da Prefeitura em até 120 dias.

A proposta agora segue para redação final e, posteriormente, sanção ou veto do Executivo.

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