Vivemos em um cenário onde o que é óbvio e certo precisa não apenas ser dito, mas defendido. O uso da linguagem neutra surgiu para atender uma pauta ideológica que apesar de se justificar por uma pretensa representatividade é mais uma aberração da pauta progressista.
A língua não deve se sujeitar a qualquer vontade política ou ideológica. Sua mudança precisa existir de uma necessidade real, concreta e coerente com a estrutura linguística. Modificar o processo de aprendizado de crianças e jovens e dificultá-lo para pessoas surdas, mudas e disléxicas, não inclui ou gera benefícios para ninguém.
Os argumentos, como de costume, são inconsistentes e se perdem sozinhos. É absurda essa proposta de dialetos para incluir aqueles que não se julgam representados pelos gêneros masculino ou feminino. A alteração da linguagem como uma estratégia para combater o preconceito e a discriminação não tem embasamento e nem aplicação. Tente entender um parágrafo redigido sobre tais regras, é impraticável.
Percebo que a esquerda não está tão preocupada com a educação, suas bandeiras são equivocadas e seletivas. Não existe preocupação e vontade de lutar pelo avanço e desenvolvimento das cidades e estados, mas somente o desejo de lacrar e impor sua revolução. Eles querem dominar o que falamos, para dominarem o que pensamos e por fim, o modo como agimos.
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