Alô a todos.
Hoje eu abro mão dos meus textos, do nosso cotidiano, da política, da CONFUSÃO. Quero que todos aqueles que me presenteiam com suas leituras, amando, curtindo, detestando, discordando ou simplesmente ignorando, me perdoem. Vi um texto em uma rede social e quero espalhar o pensamento pela coluna.
“Casamento, pra mim, é algo tão importante quanto viver. E por quatro vezes. De certeza, apenas uma: casei com uma mineira”.
Deus exagerou ao criar as mineiras à sua imagem e semelhança. Dobrou a dose. Ainda tenho lá as minhas dúvidas se são realmente humanas ou se são anjos, com intuito de nos levar pra junto delas, lá no céu. Não à toa Deus as encravou em Minas Gerais, cercadas por montanhas pra dificultar o acesso de qualquer um. Mas nesse caso sou capaz de me tornar o mais audacioso alpinista.
A mineira extravasa simpatia. Só podem ter estudado em colégios diferentes dos que conheço. Não aprenderam a ser mal educadas. Desconhecem do mau humor. A mineira sempre me recebe com um sorriso, e o sorriso de uma mineira é o arco-íris do meu domingo, o calabouço das minhas tristezas. Elas sorriem com os olhos ao mesmo momento em que ajeitam os cabelos e deixam transparecer um jeitinho tão tímido que contrasta com todo aquele amor despejado já nos primeiros momentos. Como se ainda não fosse suficiente, nos perguntam da maneira mais doce do mundo: “Cê tá joia?”.
E a maneira como elas falam? A mineira não fala. Ela canta. Canções de amor, baixinho, no pé do ouvido. A mineira quando fala, me pega no colo. E eu faço corpo mole, deixo levar. Sou capaz de ser o mais compreensivo e atento ouvinte de uma mineira, só pra admirar o jeito charmoso como diminuem as palavras.
A mineira nasceu pra ser cortejada, pois nos despejam todo amor sem mesmo saberem. Elas são altruístas. Nos dão carinho tão despretensiosamente quanto criança que planta pé-de-feijão em algodão. Nos oferecem extremado afeto de maneira tão simples como ajeitam uma flor nos cabelos.
Toda mineira deve possuir algum toque divino que nós, humildes terráqueos, desconhecemos. Porque todo o simples e irreparável é gritante e inexplicavelmente charmoso quando nelas. São donas de ternuras delicadas e inerentes à sua beleza, aquela beleza sabida de que a natureza foi a sua melhor amiga.
Há quem diga que sejam ciumentas. Eu quero. Quero a mineira mais ciumenta desse mundo. Porque ciúme é amor demais. Só tem ciúme quem quer guardar, quem deseja levar pro resto da vida. Quero a mais ciumenta até meus últimos dias.
As mineiras são donas de si. São decididas. Não escondem amor e amam com autonomia. Amam sem pressa porque desejam intensidade. Amam através do olhar. Amam com todo o tempero mineiro. Amam como se fosse uma espécie de feitiço. Amam carregadas de ternura.
O sorriso de uma mineira já é motivo de alegria. O mundo perderia um pouco da graça se a visse chorar. E diante das inúmeras tentativas de encontrar uma palavra que as definisse, rendo- me: a mulher mineira nunca será definida por adjetivos; estes serão sempre redundantes.
Quero me sentir mais próximo de Deus e receber amor em exagero. Quero uma mineira pra toda a minha vida”.
E o melhor. Já Tenho.
Este texto, chegou a mim por intermédio de Beatriz Borin Braga (que não tenho no aplicativo). Ela o escreveu, ou “printou” em 2015. Não sei se ela escreveu. Não conheço o autor. Mas é lindo. Muito lindo.
E num mundo onde convivemos com mentiras, narrativas, briguinhas imbecis, vale parar um pouco, respirar e curtir palavras de bem.
Até a próxima sexta-feira