Curiosidade é uma palavra originada do latim curiositas, que significa “desejo por conhecimento” ou “desejo por informação”. A curiosidade, característica presente nos seres humanos e em outros animais, é capaz de promover o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades.
Separamos algumas “Curiosidades” na Estrada Real, que são desconhecidos pela maioria das pessoas, como acontecimentos, origem de expressões e histórias que existem por trás de alguns eventos.
Primeira usina eólica construída na América Latina
A potência das massas de ar que lambem os desfiladeiros e mergulham entre os vales do Espinhaço poderia gerar 32 gigawatts (GW) de energia elétrica – mais de duas vezes a potência instalada de Itaipu, que é de 14 GW.
E foi no Morro do Camelinho, em Gouveia, parte da serra com maior potencial eólico de Minas, a instalação do parque da Usina Eólica, construída em 1994 pela Cemig, a primeira a ser interligada ao Sistema Integrado Nacional de energia.
Devido ao relevo e topografia, o aproveitamento desse potencial foi um pouco mais complexo que em áreas planas ou pouco acidentadas, e em 2015 a usina foi desativada.
A origem do pastel de angu
Segundo a história oral e informal, os escravos não tinham direito de comer carne nas senzalas. Para driblar essa imposição, as mulheres que trabalhavam nas cozinhas das grandes fazendas faziam um bolinho de fubá, no formato parecido de um pastel, escondiam pedaços de carne dentro dele e colocavam para assar nos fornos à lenha e levavam para a senzala. Hoje, em bares e restaurantes da Estrada Real, os pasteizinhos de angu fazem sucesso nos cardápios.
Os vinhos de Catas Altas
Com a exploração das minas de Catas Altas, o esgotamento de ouro foi inevitável e deixou o arraial praticamente abandonado. Até que, em 1868, chega o Monsenhor Manuel Mendes Pereira de Vasconcelos para ser o vigário do arraial e logo percebe o estado em que o lugar se encontrava. Monsenhor Mendes decide, então, ensinar ao povo o passo a passo da fabricação de vinhos. Depois de algum tempo, o padre acaba ganhando a mídia nacional e faz Minas Gerais sair do anonimato na produção de vinhos, o que colaborou para que a população elevasse sua autoestima. O vinho de Jabuticaba, que é fabricado e comercializado hoje na cidade, surgiu quase 80 anos depois do vinho de uva, em 1949.
O sal de São João
A cidade era a maior vendedora de sal da província de Minas Gerais. Ele era refinado e trazido do Rio de Janeiro dentro de malas nos lombos de cavalos. Só passou a vir dentro de vagões fechados depois de 1881, quando a rede ferroviária foi inaugurada.
A lenda da Lagoa da Reta – Sabará
Havia uma casa de baile perto de onde passavam as procissões de quaresma. Certa vez, durante a passagem da procissão, contrariando as ordens do padre – que pediu para que a casa fosse fechada e não ligassem a música – as pessoas não deram atenção. Continuaram dançando, cantando e fazendo muito barulho. Ao passar pelo salão, o padre contrariado amaldiçoou aquele lugar. Levantou o crucifixo, dando continuidade à procissão, e a casa começou a afundar, levando junto todos os que participavam daquela festa. Nenhum deles voltou a ser visto e aquele misterioso movimento de terra foi imediatamente tomado pela água, transformando-se em uma lagoa sem fundo, atualmente conhecida como Lagoa da Reta.
O Santuário de Nossa Senhora da Piedade
A origem do Santuário de Nossa Senhora da Piedade está ligada a muitas lendas. Uma delas diz que no século 17 chegaram à região dois fidalgos que queriam fundar um eremitério, eram eles: Bracarena e Lourenço. O primeiro chegou à Vila Nova da Rainha e, ao avistar a Serra da Piedade, rodeada de nuvens, achou que ali era apropriado para a construção de uma capela em louvor à santa de sua devoção. O povo, a princípio, julgou que Bracarena fosse louco. Boatos, no entanto, sobre curas e milagres começaram a surgir e o velho ermitão passou a ser admirado.
Uma menina “muda de nascença” avistou várias vezes à noite a imagem da Virgem e ficou curada. Um escravo, picado de cobra, bebeu água da fonte e imediatamente se curou. Uma senhora que tinha a pele ferida ficou com o corpo completamente limpo depois de beber da mesma água. Os milagres convenceram o povo e então passaram a ajudar na construção da capela. Em 1770, como está gravado no sino da torre, o templo ficou pronto. A partir daí, a serra passou a ser chamada de Serra da Piedade e a receber visitantes do mundo todo.
A cachoeira do carteiro
Seguindo pelo bairro do Cascalho, com uma caminhada de aproximadamente uma hora e meia, chega-se ao alto da Serra de São José. No caminho você passará diante de uma cruz onde foi morto um carteiro, numa emboscada armada por tropas da Coroa Portuguesa, e que, na condição de informante, cruzava a imponente Serra de São José para levar uma mensagem importante para a vila. Diz a lenda que quem passar por este caminho deverá jogar uma pedra ao pé da cruz. Logo em frente nos deparamos com algumas pequenas piscinas naturais.
Cruz do Carteiro – Fonte internet
E você, tem alguma curiosidade sobre da Estrada Real? Conte pra gente!! Estrada Real: Uma estrada, seu destino!