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Governo propõe CNH sem aulas obrigatórias em autoescolas

Gov estuda acabar com exigencia de auto escola Fernando Frazao 6 10 25 1 Gov estuda acabar com exigencia de auto escola Fernando Frazao 6 10 25 1
O novo modelo elimina a exigência de carga horária mínima de 20 horas de aulas práticas. Foto: Fernando Frazão/Agência Br.
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Mudança pode reduzir o custo do documento em até 80% 

O governo federal está propondo mudanças significativas no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A principal delas é o fim da obrigatoriedade de frequentar aulas em autoescolas antes dos exames teórico e prático realizados pelos Departamentos de Trânsito (Detran).

A expectativa é que o custo para tirar o documento, que hoje chega a cerca de R$ 3,2 mil, caia em até 80%.

Na última quinta-feira (2), o Ministério dos Transportes abriu uma consulta pública sobre o tema. A minuta do projeto ficará disponível por 30 dias na plataforma Participa + Brasil, período em que qualquer cidadão poderá enviar sugestões e contribuições. Após esse prazo, o texto seguirá para análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

CNH mais acessível e moderna

Segundo o Ministério dos Transportes, o objetivo é modernizar o processo de obtenção da CNH e torná-lo mais acessível, especialmente nas categorias A (motocicletas) e B (veículos de passeio).

“Além disso, ao tornar a CNH mais acessível, mais cidadãos deixarão de dirigir sem habilitação, contribuindo para um trânsito mais seguro. Hoje, cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira de habilitação”, informou a pasta.

Liberdade de escolha e redução de custos

A proposta mantém os exames teórico e prático obrigatórios, mas permite que o candidato escolha diferentes formas de preparação. O conteúdo teórico poderá ser estudado presencialmente em Centros de Formação de Condutores (CFCs), por ensino a distância (EAD) em empresas credenciadas ou de forma digital, pela própria Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

O novo modelo elimina a exigência de carga horária mínima de 20 horas de aulas práticas. O candidato poderá optar entre contratar um CFC ou um instrutor autônomo credenciado pelo Detran, ajustando sua formação conforme as próprias necessidades e reduzindo despesas.

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Categorias profissionais também terão mudanças

A proposta também abrange as categorias C (caminhões), D (ônibus) e E (carretas), permitindo que a formação seja feita por autoescolas ou outras entidades, com o objetivo de tornar o processo mais ágil e menos burocrático.

CNH mais barata e segura

A previsão é que o custo da CNH possa cair até 80%, graças à flexibilização dos formatos de ensino e à dispensa da carga horária mínima. A concorrência entre instrutores e centros de formação deve contribuir para preços mais acessíveis.

O governo reforça que o novo modelo não reduz a importância dos CFCs, que continuarão oferecendo cursos presenciais e digitais, com foco em qualidade e acessibilidade.

Menos burocracia e uso de tecnologia

O projeto aposta na tecnologia para simplificar o processo. Plataformas digitais poderão conectar candidatos e instrutores, permitindo agendamento, geolocalização e pagamentos online.

A formação de instrutores autônomos também será regulamentada. Eles deverão ser credenciados pelos Detrans, com cursos e avaliações padronizados pela Senatran.

Inspiração internacional

O modelo proposto se baseia em práticas já adotadas em países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai, onde o processo é mais flexível e centrado na autonomia do cidadão.

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