Alô a todos.
Hoje eu quero causar confusão entre gerações. Estamos vivendo a “Geração Rivotril”, mas para que serve esse remédio que é O MAIS VENDIDO NO BRASIL – mais que Aspirina, Dipirona ou outros medicamentos mais comuns?
Ele é utilizado no tratamento dos vários tipos de distúrbios de ansiedade – como síndrome do pânico, transtorno de ansiedade generalizado e ansiedade social – e para acatisia, que é uma inquietação extrema, geralmente provocada por remédios psiquiátricos. Se há exagero, mistura com bebida alcoólica pode causar até a morte. Mas então porque fazemos um uso tão extremo deste medicamento? Na maioria das vezes e na minha opinião, tomamos para fugir das nossas dores, das nossas decepções, das nossas incapacidades de lidar com os nossos problemas e frustrações.
Tomamos; como o alcoólatra toma doses exageradas de bebidas, ou aqueles que fumam ou cheiram drogas ilícitas. Por não termos a coragem de lidar com as nossas próprias fraquezas, assumindo o risco iminente do vício, muitas vezes mortais. Porque muitos acreditam que a morte é um descanso eterno onde tudo não mais existirá, fugindo muitas vezes de preceitos religiosos, de que a vida não termina com o sepultamento do corpo ou a cremação. Somos fracos e ao invés da luta, preferimos fugir. É o que os pesquisadores americanos chamam de “fight or flight” que em livre interpretação significa lutar ou fugir. Fugir é mais fácil, mais cômodo ou, em síntese “dá menos trabalho.”
E assim vivemos uma geração de fracos, mas agressivos seres humanos que apenas fogem dos problemas de um jeito ou de outro. Ou com a apatia de alguns, agressividade de outros.
Mas estamos criando uma outra geração. A geração de autistas, que fogem das suas dores, simplesmente com o esquecimento do mundo externo, dos afazeres necessários, teclando seus “smart phones” como se fossem loucos, muitas vezes conversando até com quem nunca viram, seus “seguidores”, – milhares deles ou muitas vezes milhões de seres humanos que muitas vezes não conhecem. É uma geração que escolheu a surdez dos fones de ouvido até para não ter uma vida social da qual fogem como coelhos correndo de lobos. São zumbis, que às vezes são atropelados no trânsito, ou até atropelados pela própria existência, que põem em risco a vida de alguém na rua.
A solução? Voltarmos a viver com alegria como se hoje fosse o último dia. Sorrir mais, dar mais bom dia, porque ninguém tem obrigação de lidar com o seu mau humor ou com as suas fraquezas. Fazer mais amor e menos publicações. Ser mais feliz porque a vida deve ser vivida com intensidade, antes que seja tarde e você precise que outros te criem “de novo” como se fossem bebês.
Porque você merece. Nunca é tarde para deixar de ser cretino, imbecil, e se tornar uma pessoa melhor. E, antes de criticar seus filhos olhem na cartela dos seus remédios e vejam se você tem razão. Não os julguem. Converse. Eduque-os. Bom final de semana.
Até a próxima semana.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.