A arte barroca, a música, a arquitetura colonial, a culinária, o artesanato, as festas populares, os rituais religiosos, natureza exuberante são patrimônios presentes na Estrada Real. É possível ver de perto os cenários de conquistas, lutas, milagres, histórias de amor e fé, arte e cultura.
Compõe a Estrada Real as vias de acesso, as trilhas calçadas pelos escravos, os descaminhos do contrabando, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas, enfim, o patrimônio natural, histórico e cultural que se forjou durante o passar dos homens e do tempo.
Hoje, a Estrada Real possui em seu trajeto quatro Patrimônios da Humanidade:
- 1980 – Cidade Histórica de Ouro Preto;
- 1985 – Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas;
- 1999 – Centro Histórico de Diamantina;
- 2019 – Paraty – Cultura e Diversidade.
Além disso, estão presentes vários patrimônios naturais e histórico-culturais em nível nacional, estadual e municipal e vamos citar alguns
O patrimônio cultural é de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas e pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial.
O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas, através dos livros dos tombos.
Destacamos o Serro, que além do conjunto arquitetônico e urbanístico, possui Edificações e Acervos das Igrejas Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Carmo e Bom Jesus de Matozinhos tombados, além do Museu Regional Casa dos Ottoni.
Outros seis museus ao longo da Estrada Real também são tombados:
- Museu da Inconfidência (Ouro Preto/MG)
- Museu do Ouro (Sabará/MG)
- Museu Regional (Caeté/MG)
- Museu Regional (São João del-Rei/MG)
- Museu de Arte Sacra (Paraty RJ)
- Museu Imperial (Petrópolis/RJ) – apenas os acervos e/ou coleções são tombados
Ainda dentro do patrimônio material é de responsabilidade do IPHAN administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Dentre os bens Culturais Ferroviários destacamos Juiz de Fora, que possui as Estações Mariano Procópio, Santos Dumont, Central do Brasil e Leopoldina considerados de valor histórico, artístico e cultural
Os bens culturais imateriais estão relacionados àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Dos 49 bens culturais registrados no IPHAN, 12 ficam na Estrada Real, entre eles:
- Modo artesanal de fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro, registrado em 13/06/2008.
Recentemente foi comunicada uma boa notícia para comemorar, com café coado na hora, sobre mais uma região integrante do modo artesanal de fazer Queijo de Minas: A região de Diamantina será reconhecida como produtora do Queijo Minas Artesanal.
- Ofício de Sineiro e Toque dos Sinos em Minas Gerais, registrados em 03/12/2009.
Nesses dois São João Del Rei sobressai em relação às demais cidades mineiras, sendo considerada a cidade dos Sinos. As outras cidades referências são Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas do Campo, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes.
O Ofício de Sineiro é prática tradicional, vinculada ao ato de tocar os sinos das igrejas católicas para anunciar rituais e celebrações religiosas, atos fúnebres e marcação das horas, entre outras comunicações de interesse coletivo.
O patrimônio natural é formado por monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais.
Na Estrada Real não temos ainda patrimônios naturais tombados pelo IPHAN, mas a Serra do Espinhaço é importante instrumento de conservação, sendo Reserva da Biosfera.
Reserva da Biosfera (RB) é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais. Essas áreas (686 no mundo e 7 no Brasil) devem ser locais de excelência para trabalhos de pesquisa científica, experimentação e demonstração de enfoques para conservação e desenvolvimento sustentável na escala regional
Esta composição está definida na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, elaborada na Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris (França), em 1972.
Turismo sem limites, uma viagem encantada pela Estrada Real. Estrada Real: uma estrada, seu destino!