Alô a todos.
Não sei se é impressão minha, mas tenho notado que o mundo ficou triste. Quando (re)assisto os festivais da canção, uma das melhores atrações das nossas TV’s, quando o Maracanãzinho ficava lotada ao som dos mais diversas ritmos da música popular brasileiro e as câmeras passeavam pelas mais diversas reações do público, a tônica que pude observar era o sorriso largo ou o sentimento expresso em olhos semicerrados, onde a emoção aflorava pelas expressões faciais que mostravam uma alegria barulhenta nas mais diversas expressões. Hoje, o funk raivoso, nervoso, agressivo, manda sentar…sentar…sentar…, usa “mano “como vírgula e trata de temas que viajam desde pequenas contravenções até a violência proposta contra as autoridades, induzindo até “matar os puliça” como refrões desesperados de presidiários inconformados. É a canção mandando matar, acabar, f*der, sem o menor sentimento humano, ou fraterno, ou tolerante.
Também não entendo quando vejo jogos antigos, com imagens horríveis pela analogia em detrimento da digitalização das imagens, mas que mostravam gols que os jogadores abriam sorrisos largos, demonstrando uma alegria incontida que retratava a satisfação do melhor dos sentimentos. Hoje, os jogadores comemoram com uma raiva visível, mesmo que depois apontem para o céu agradecendo ao pai. É um festival de caras feias, emolduradas por cortes de cabelo das mais diversas espécimes que mais parecem rascunhos de quadros de Pablo Picasso. Não… os jogadores não são mais feios que os antigos, mas procuram o “diferente” e quando a gente acha que tudo foi testado em termos de cortes capilares, lá vem os “jogadores-influenciadores” mostrando um “estilo” bizarro de corte ou de recorte de cabelo. Preferem lançar moda a serem bons naquilo que fazem. São tão pobres, que a única coisa que têm é dinheiro. São tão arrogantes, que a única coisa que ostentam são fones de ouvidos de 5 mil reais, ao invés de ostentarem o que têm de melhor: – O talento.
Não sei se é saudosismo, mas onde estão a alegria explícita desses jogadores, que comemoravam sorrindo e batucando dos campos de futebol? Será que ficamos tão tristes assim?
Me angustia ver que quatro pessoas se sentam à mesa no barzinho e ao invés dos carinhos, ficam a olhar, ver e manipular seus celulares, para ver se não sei quem chamou ou mandou uma mensagem…
E quando você acha que aquilo terminou e que AGORA eles vão se divertir, alguém fala a frasezinha mágica: “Vamos tirar uma selfie”? E cada um, sem saber como se comportar, faz aquela cara de milionário para mostrar ao mundo que são felizes. E quando sorriem, são gestos forçados que se desfazem quando o flash cumpre seu papel.
As famílias então parecem ilhas de solidão, onde o Facebook, o WhatsApp, o Instagram são os masters do universo, que comandam comportamentos e personalidades.
Hoje, não é ser feliz que importa. É ter seguidores. Tem gente que tem 15 milhões de seguidores, gente que ele nunca viu na vida e que, bem provavelmente nunca verão.
Não existem mais discussões ideológicas, inteligentes e invejáveis. Existe gente discutindo política como se fosse uma luta de MMA. – O seu candidato é isso… O seu é aquilo… nunca é como a gente pode ser mais feliz com esta ou aquela postura política. Como disse Getúlio Vargas: – “em política nunca me pediram nada para o Brasil”. Pedem para si ou para um outro.
Não… não sou descrente na humanidade. Muito pelo contrário, sou um indignado com o comportamento humano que teima em mostrar sua tristeza sob qualquer espectro. Gosto de gente que ri… que faz a gente rir… que não dá tanta importância àquilo que nos deixa chateado, mas que dá gargalhada das trapalhadas da gente.
Xande de Pilares é o eleito para terminar essa coluna de hoje: – “Pra tudo tem um jeito e se não teve jeito ainda é porque não chegou ao fim… mantenha a fé na crença, se a ciência não curar. Chega de chorar. Você já sofreu demais agora chega! Chega de achar que tudo se acabou. Pode a dor uma noite durar, mas um novo dia sempre vai raiar”
Então, curta essa vida curta ao invés de curtir aquela piadinha sem graça que seu chefe te contou. Você tem a OBRIGAÇÃO de ser feliz.
Digo isso porque sou o primeiro que precisa ouvir isso. Sejamos mais felizes! Deus quer.
Você pode. E a gente VAI! Até Sexta-Feira que vem.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.