O ouro extraído das Gerais no século 18 serviu como matéria-prima para a produção artesanal de joias, cunhagem de moedas, peças, sacras e outros tantos adornos destinados a servir à realeza e ao clero. O ouro acabou, mas outras tradições se mantiveram com vigor, afinal a necessidade de se criarem objetos utilitários e artísticos não se exaure. São móveis, tapetes, tecidos, artigos de montaria, cerâmicas e também as farturas da mesa. Não faltam receitas exclusivas de comidas, licores, cachaças, queijos, doces e outros tantos quitutes.
Para a confecção de peças de valor utilitário e mesmo das delícias gastronômicas, artistas da Estrada Real se esmeram em usar produtos da terra e, assim, asseguram a continuidade da arte.
Selecionamos algumas cidades para um fim de semana de compras na Estrada Real e levar na bagagem uma parte da cultura de onde visitar.
Baependi: A produção artesanal da cidade tem como base matérias-primas como bambu, palha de milho, cipó e madeiras de cafeeiro. Com elas se produzem cestas ornamentais, cortinas e bolsas.
Bichinho: O povoado ficou famoso em Minas por suas peças artesanais produzidas de materiais usados e/ou recicláveis. Nas lojas e feiras de artesanato podem-se encontrar móveis, telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas e adornos em geral.
Cachoeira do Campo: O Distrito traz em sua identidade a produção de um dos mais mineiros símbolos das cozinhas artesanais, as suas inigualáveis panelas de pedra sabão, utensílios obrigatórios sobre os fogões à lenha pelo interior do país.
Conceição do Ibitipoca: O pão-com-canela foi inventado por dona Maria, que descobriu a maneira certa de misturar fermento, farinha, canela e açúcar. Hoje, ele ainda é feito artesanalmente em forno à lenha e pode ser encontrado nas padarias da cidade.
Conceição do Mato Dentro: Os artesãos trabalham com habilidade o couro, e a produção artesanal de sandálias, chinelos e calçados é importante para a cidade. Mas não é só: lá se podem encontrar tapetes arraiolos e uma boa cachaça.
Coronel Xavier Chaves: O artesanato local é bastante variado. Destaque para as rendas de abrolhos e os delicados pontos cruz, feitos pelas artesãs locais. As esculturas em gnaisse e pedra sabão também são destaques, além da cachaça produzida em um dos engenhos mais antigos do país.
Diamantina: Lá podem ser encontradas cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, pedras preciosas, cristais, bonecos de palha e o tradicional artesanato em coco e ouro, mas um dos grandes destaques fica por conta dos arraiolos. Esse tapete de origem portuguesa chegou a região no século 17 e a partir daí permanece como produto de referência nas lojas da cidade.
Prados: A família Julião fez o primeiro, e desde então a produção não parou mais. Resultado, Prados ficou conhecida até fora do Brasil por suas esculturas de animais de madeira, algumas em tamanho natural. Elas são feitas em vários ateliês da cidade, mas podem se encontradas também ao longo da avenida que dá acesso ao Centro Histórico.
Resende Costa: A produção é mais que tradicional, pois se baseia no secular tear manual. Hoje, esse artesanato têxtil inclui a produção de colchas, mantas e tapetes que podem ser comprados nas lojas da região.
Santo Antônio do Leite: O artesanato em cerâmica, porcelana fria e prata é uma importante atividade econômica do distrito. Esse artesanato pode ser adquirido nas lojas e na feira dominical.
Se todas as vezes que você volta de viagem a família se reúne para a distribuição dos presentes, quando chegar da Estrada Real vai surpreender o pessoal com peças únicas, que são a cara daqui. Baixe nosso aplicativo e faça sua lista de compras. Estrada Real: Uma estrada, seu destino!
Artesanato Baependi – Foto Internet