Considerada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a diabetes cresceu 16% entre 2019 e 2021, de acordo com levantamento da Federação Internacional de Diabetes para o Atlas Diabetes. Globalmente, 537 milhões de adultos vivem com a doença, contudo 44,7% desses não sabem que a têm, e a previsão é que os números cheguem a 643 milhões até 2030. Silenciosa, a diabetes pode trazer uma série de complicações, inclusive para os olhos.
A retinopatia diabética é uma patologia da microvascularização ocular, ocasionada naqueles com diabetes sem controle adequado. Ocorre uma lesão nos vasos periféricos retinianos que gera baixa oxigenação retiniana. Tal situação faz com que o nosso corpo produza, de maneira reflexa, novos vasos – neovasos – numa tentativa de voltar a nutrir essas regiões. O problema é que esses neovasos são desestruturados e frágeis. É esse ciclo vicioso que faz com que o olho entre numa espiral problemática e muitas vezes irreversível, podendo ocasionar diversos problemas graves no fundo de olho.
Para reduzir os riscos da retinopatia diabética, é indispensável controlar a diabetes, hipertensão, dislipidemia (colesterol).
Segundo a academia americana, todos os pacientes diabéticos necessitam fazer um mapeamento de retina semestral. No caso de uma lesão inicial, o laser pode ser aplicado para evitar a formação dos neovasos e progressão para estágios mais avançados da doença. Em casos mais específicos, a terapia antiangiogênica é implementada, com uma taxa de sucesso considerável, e em quadros mais avançados, requer cirurgia para controle de danos.
Procure um oftalmologista. Cuide da sua saúde integral e visite regularmente o oftalmologista.