Em nossa última coluna entendemos como analisar uma empresa por meio de múltiplos (relembre clicando aqui). Aos poucos evoluiremos a respeito de análises de cenários para que seja possível compreender a carteira como um todo, e definir, ou até mesmo redefinir, estratégias.
No mercado financeiro há um fenômeno chamado rotação (ou rotation), que pode ser explicado pela percepção do mercado em relação ao cenário. Em momentos de maior incerteza, por exemplo, a tendência é uma busca por ativos mais seguros, empresas consolidadas que tem grande resiliência para passar por um momento de crise. Podemos lembrar também do momento de pandemia, no qual a busca por empresas do ramo de tecnologia foi enorme, e gerou um movimento de alta considerável nesses ativos.
Dentro de renda variável, temos visto um movimento muito claro do mercado: esta troca – ou rotation – de value investing para growth investing. Calma, vamos traduzir e explicar.
Um embate tão grande quanto decidir se o correto é dizer ‘biscoito’ ou ‘bolacha’. Growth e Value são duas filosofias de investimento, e os entusiastas de cada uma costumam defender sua visão com unhas e dentes.
Value
O chamado Value investing, ou investimento em valor, é normalmente associado ao investidor que quer se tornar sócio da empresa por confiar no negócio e acreditar na perpetuidade da companhia. Normalmente são empresas com menor potencial de crescimento exponencial, mas com boas perspectivas em razão da sua consolidação no mercado. O investimento em empresas subavaliadas, ou oportunidades pontuais é uma forte característica desta vertente.
Growth
Já o growth, ou investimento em crescimento, visa acompanhar a evolução da companhia, com foco no futuro da empresa, e não no quão consolidada ela é hoje. Normalmente nesta vertente, se analisarmos os múltiplos (clique aqui) EV/Ebitda ou Preço/Lucro, podem ser consideradas ações “caras”. Esta estratégia é dominada pelo setor de tecnologia.
Em 2020 o desempenho de uma carteira com a estratégia focada em growth, teve um leve ganho se comparada ao investimento em valor.
Já em 2021, a vertente de crescimento perdeu um pouco sua força, dando lugar ao value. Entretanto, no último mês, possivelmente em decorrência do avanço da vacinação, e melhora da perspectiva da economia, o investidor pôde observar um movimento do mercado em direção às empresas voltadas para a filosofia de growth.
Com isso, podemos chegar a uma conclusão: é importante ficarmos atentos aos ciclos do mercado, para que possamos acompanhar os movimentos e configurar a estratégia do portfólio a fim de otimizar nossa relação entre risco e retorno.
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