Alô a todos.
VIDA E MORTE. UMA GRANDE CONFUSÃO
A coluna hoje será breve como a vida e contundente como a morte. Para entender a morte precisamos compreender o ciclo de sentimentos da vida é necessário que possamos compreender a grande CONFUSÃO de sensações que temos antes que comece o ciclo da existência.
Primeiro, uma sensação indescritível de que somos capazes da geração de uma vida. Como, com a nossa simplicidade quase incompetente, podemos criar um ser vivo, com tudo o que o cerca:
Amor, ódio, esperança, desalento, felicidade, decepções, glórias, derrotas e vitórias?
Como entender que o nosso organismo, frágil, quase sem capacidade cognitiva é potente o suficiente para gerar um outro ser com as mesmas características?
Depois vem um sentimento indescritível de amor e capacidade de entendimento de que somos filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo e isso nos fornece energia suficiente para o entendimento.
Em seguida, acompanhamos o passo a passo da concepção e consagração da vida. Mas o que isso tem de confuso? Só quem é pai e mãe é capaz dessa compreensão. E… meu Deus! Em breve vamos ficar sabendo que pode ser um homem, uma mulher… à imagem e semelhança do Criador e aí vem uma sensação de poder que só nós, em nossa infinita ignorância descobrimos como se fosse um novo brinquedo, uma nova aventura, mas principalmente uma nova responsabilidade.
Aí, como em uma catarse psíquica, vemos aquele rosto que, cinicamente achamos parecidos com papai, com mamãe, com vovó, quando na verdade se parecem MUITO MAIS com um Sharpei que com alguém da família.
Mas… as coisas vão progredindo, se ajustando, essas crianças vão crescendo a olhos nus (embora nunca deixem de ser crianças para os pais) e… de repente estão discutindo Kafka como um expert.
Viram adultos, e depois cuidam de nós como se fossemos (e seremos) crianças. Falemos então da dor: A MORTE.
Primeiro, vem um sentimento de negação. NÃO. Isso não acontece comigo. Ou, pelo menos não poderia acontecer. Foi uma fatalidade. Foi um erro de Deus. EU não mereço.
Depois vem a dor. Porque comigo? Tanta gente ruim, marginais, assassinos, e tinha justo que acontecer com alguém da MINHA família? – Quanto egoísmo.
Em seguida vem a saudade. Do abraço, do afeto, do sorriso, dos grandes momentos que passamos juntos… É sempre conosco. Diz apenas o que NÓS sentimos, e nunca que aquele era o melhor momento para que acontecesse.
Não falo de doenças, pandemia, mas de fatalidades.
E quando prometi que a coluna seria breve como a vida, termino com uma frase antológica que ouvi em um livro, um best-seller ou numa dessas mídias sociais que nunca nos deixam contar uma novidade:
“As pessoas não morrem. Apenas deixam de viver ao NOSSO lado para habitar dentro de NÓS.”.
É sempre sobre nós mesmos.
Se você perdeu alguém, leia, curta, compartilhe. Você não está sozinho. Até a próxima semana.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.
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