Câncer

Coluna Confusão – José Francisco Resende
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Reprodução

Alô a todos.

Hoje vamos falar para muitos brasileiros e seus familiares, que recebem o diagnóstico de câncer como a antecipação de um atestado de óbito. O QUE NÃO É VERDADE.

Primeiro precisamos entender que Câncer é um termo que abrange mais de 100 (CEM) diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células… Viram? 100 tipos de câncer. Mas, na verdade muitos desses tipos são benignos (não apresentam sintomas invasivos no seu organismo) e outros malignos; alguns mais severos e outros menos severos. O importante é entender que existe tratamento.

O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. Ou seja, as células “piram”. As alterações podem ocorrer sem que NADA tenha provocado. Nunca fumou, nunca comeu porcaria? Nunca tomou sol demais, não é gordo? Ainda assim pode ser acometido pela doença.

Mas e a causa?

O CÂNCER NÃO TEM UMA CAUSA ÚNICA. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem se combinar de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.

Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.

Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indústrias químicas…), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o ambiente social e cultural (formas de agir e de se comportar). Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células.

As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores, são raros os casos de câncer que são “herança de família”, mas eles existem.

Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo comportamento.

O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, EM PARTE, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.

Disso tudo podemos dizer que NINGUÉM sabe o que EXATAMENTE provoca a doença. O importante é: Recebido o diagnóstico, o paciente perde o chão e os parentes e amigos perdem as esperanças. Não pode ser assim. O abatimento, no paciente diminui (segundo estudos do INCA – Instituto Nacional do câncer) em muito, as chances de cura, nos casos malignos, pouco ou muito agressivos.

Sem cair nas malhas da autoajuda, um dos fatores que mais contribuem com a cura é a VONTADE DE VIVER. É preciso que se diga: “Eu vou vencer essa doença”. Esse é um excelente auxiliar no tratamento e serve também para amigos e parentes que caem no sentimento de piedade. Pare de se fazer de vítima. Isto pode parecer cruel, mas é uma grande ajuda. – Palavra de quem já conviveu intimamente com a doença que acometeu minha esposa, Viviane Resende. Cada segundo da sua vida tem que ser saboreado com gratidão.

Pare de dizer: “aquela doença” … “doença ruim” e tantos outros apelidos que seus pais, seus avós que queriam evitar a palavra câncer, não por ignorância, mas porque tinham a ciência como parâmetro e o tratamento evoluiu demais.

Mais uma vez, existem meios de conviver melhor com a doença. Vivendo a experiência (o que não desejo para ninguém) ou SE INFORMANDO.

Fonte: INCA – Instituto Nacional de Câncer

Até a próxima semana.

P.S. Parabéns para a minha mamãe, que completa hoje 82 anos com muita saúde.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.

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