O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe entregou documento com as reivindicações dos industriais ao Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante evento na sede da federação.
Luiz Marinho participou de um encontro com empresários e representantes do setor produtivo de Minas Gerais.
“A FIEMG vem trabalhando muito para impulsionar o emprego e renda no Brasil, sendo que uma de nossas batalhas é a desoneração da folha de pagamento. Enxergamos, na Reforma Tributária, uma grande oportunidade de resolvermos esse problema”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, na abertura do bate-papo.
“A desoneração do trabalho é fundamental e precisamos repassar essa arrecadação para outra fonte, que não seja o trabalho”, disse, afirmando que a folha de trabalho brasileira é onerada até três vezes mais do que as dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Isso mina competitividade para os trabalhadores brasileiros e empregadores, pois quando concorremos com o mercado internacional, exportamos esse imposto. Ele não é retirado e isso resulta em um efeito cascata na economia reforçou.
Durante o evento, o líder empresarial entregou ao ministro um documento com os pleitos do setor produtivo. Dentre as reivindicações estão o incentivo à geração de emprego, a mudança de jornada para trabalhadores de mineradoras de alta profundidade e a extensão do prazo para o lançamento das informações trabalhistas no e-Social, dentre outras.
“Tivemos a oportunidade de conversar sobre pontos convergentes que irão melhorar a relação trabalhista do país, tendo como foco o aumento da produtividade do trabalhador brasileiro, a priorização das negociações coletivas e a harmonia entre trabalhador e empregador”, esclareceu Roscoe.
Para Marinho, sua pasta tem a tarefa de acompanhar as demandas trazidas por empregadores e trabalhadores, promovendo o equilíbrio.
“Em qualquer debate, se apenas um lado ficar satisfeito, significa que a negociação não foi boa”, afirmou o ministro, ressaltando que o setor produtivo industrial é um dos maiores geradores de empregos formais no Brasil e que a pasta está trabalhando para uma legislação que modernize as relações de trabalho, que valorize o diálogo social e as negociações coletivas. “É hora de olhar para frente e começar a promover transformações”, ressaltou ele.
Também estiveram presentes no encontro, Carlos Calazans, superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas, e Marco Antônio de Jesus, copresidente do Fórum Estadual de Emprego e Renda e presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM/Cut).
O representante dos trabalhadores elogiou e aprovou a iniciativa do setor produtivo mineiro. “Precisamos batalhar pela sobrevivência dos postos de trabalho e investimento no setor produtivo é um dos caminhos. Assim iremos conseguir manter o emprego e a renda da população”.