O Zoológico de Belo Horizonte promoverá, de hoje, sábado, dia 22, até o próximo dia 28 de junho, a campanha “Pare o tráfico… Não compre animais silvestres ilegais”.
O objetivo é combater o tráfico de animais silvestres é uma das maiores atividades ilícitas do mundo, junto com o tráfico de drogas, armas e pessoas.
As ações educativas pretendem aumentar a conscientização sobre os impactos negativos do tráfico de animais e contribuir para a redução dessa atividade ilegal.
Dentre as atividades haverá bate-papo e Exposição Educativa sobre o tema, onde serão apresentadas ao público fotos e objetos apreendidos em ações de combate ao tráfico de animais. Além disso, haverá discussão sobre os desafios enfrentados pela fauna silvestre e o papel dos zoológicos na proteção e conservação das espécies.
As atividades acontecem no quiosque próximo ao recinto do jacaré-de-papo-amarelo, hoje, sábado até o próximo dia 28, sempre de 10 às 13h.
Haverá ainda atividade com a Ong Waita que vai falar sobre os “Papagaios-verdadeiros e Papagaios-do-peito-roxo de volta à vida livre”. Querem demonstrar as etapas de reabilitação, soltura e monitoramento das espécies, tornando acessível ao público os processos de pesquisa científica envolvidos na reabilitação e reintegração dessas aves às matas. Será neste sábado, também de 10 às 13h.
Anualmente, milhares de animais silvestres são retirados da natureza pelo tráfico, e a maioria nem chega ao seu destino final. A principal arma para combater o tráfico é não financiar essa prática, pois ela só existe devido à demanda. Muitas pessoas ainda mantêm animais silvestres como domésticos, sem compreender o mal que causam.
Os zoológicos e aquários desempenham um papel crucial na proteção das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção. Intensificar os esforços para combater o tráfico de animais silvestres através de ações coordenadas é essencial.
A bióloga Rizzia Dias Botelho, da gerência de Educação Ambiental do Zoológico de BH, destaca a importância de sensibilizar o público sobre as consequências do tráfico, tanto para os animais quanto para a saúde humana, incentivando os participantes a se tornarem multiplicadores dessas mensagens.
Quando apreendidos, os animais silvestres geralmente estão em condições de saúde precárias e muitas vezes não podem ser devolvidos ao ambiente natural. Nessas situações, são encaminhados para Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS-IBAMA/IEF) e, posteriormente, para zoológicos ou criadouros conservacionistas.
O Zoológico de BH colabora com órgãos ambientais no tratamento e reabilitação de animais silvestres resgatados do tráfico. Exemplares que se recuperam totalmente são devolvidos aos seus habitats naturais. Em casos onde isso não é possível, os animais integram o plantel da instituição, participando de programas de reprodução para reintrodução futura.
A parceria com a ONG Waita é um exemplo do sucesso desses esforços. Projetos como o “Voar”, para reintrodução de papagaios-do-peito-roxo e papagaios-verdadeiros, têm permitido que aves reabilitadas no Zoológico retornem ao seu habitat natural. A bióloga Márcia Procópio ressalta a importância dessas iniciativas para proporcionar liberdade com responsabilidade aos animais resgatados.
As atividades promovidas pelo Zoológico de BH têm o objetivo de educar e sensibilizar o público sobre o tráfico de animais silvestres, suas consequências e como todos podem contribuir para combatê-lo.
Com a participação e conscientização da sociedade, é possível reduzir essa prática ilegal e proteger a biodiversidade.