Preocupação com o ambiente de negócios
A Fecomércio MG, entidade que representa o setor de comércio, serviços e turismo em Minas Gerais, manifestou publicamente sua inquietação diante das recentes decisões do governo federal que afetam diretamente o cenário econômico e a confiança dos empresários brasileiros.
A Medida Provisória nº 1.303 e o Decreto nº 12.499/2025, ambos publicados em 11 de junho deste ano, introduzem mudanças significativas na tributação sobre aplicações financeiras, criptoativos e operações sujeitas à incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em um contexto já pressionado por custos elevados, incerteza econômica persistente e forte concorrência interna e externa, essas alterações surgem como um novo obstáculo para o setor produtivo. O aumento da carga tributária, além de inesperado, ocorre justamente quando empresas de todos os portes buscam fôlego para manter seus compromissos, investir em inovação e preservar empregos.
Segundo a avaliação da Fecomércio MG, o impacto imediato dessas medidas será a retração de investimentos estratégicos, a redução da liquidez nos mercados e o agravamento da insegurança institucional para quem movimenta a economia nacional.
A consequência é direta: menor competitividade e mais riscos para empreendedores que já operam sob tensão constante.
Em nota oficial, a entidade foi categórica ao afirmar que elevar impostos não é uma solução sustentável para o equilíbrio das contas públicas. A Federação defende com veemência a adoção de reformas estruturais que priorizem a eficiência do gasto público, o combate aos desperdícios e a racionalização da máquina estatal.
“O caminho mais eficaz para o ajuste fiscal não passa por onerar quem produz, mas por enfrentar com coragem as distorções da estrutura administrativa brasileira. Penalizar o empreendedorismo é frear o crescimento do país”, aponta a entidade, reafirmando sua posição em defesa do setor produtivo.
A escalada tributária compromete diretamente a confiança dos empresários, especialmente daqueles que mantêm suas operações com sacrifício em estados como Minas Gerais, onde os desafios logísticos e de competitividade são historicamente acentuados. Para muitos, a sensação é de desestímulo crescente, diante de um ambiente regulatório instável e excessivamente oneroso.
A Fecomércio MG ressalta que os empreendedores são os grandes protagonistas na geração de emprego, renda e inovação. Ao transferir para eles o peso do ajuste fiscal, o Estado envia um sinal negativo àqueles que sustentam a base econômica nacional.
A Federação reafirma seu compromisso inegociável com os empresários mineiros. Desde microempreendedores até grandes grupos, todos enfrentam os mesmos dilemas: manter portas abertas, sustentar empregos e continuar investindo no futuro. Para a Fecomércio MG, a construção de um sistema tributário mais justo e racional é urgente.
A entidade segue vigilante, articulando-se com outras representações do setor produtivo, para defender políticas públicas que garantam segurança jurídica, previsibilidade econômica e incentivo à atividade empreendedora. Minas Gerais não pode ser penalizada por escolhas equivocadas feitas sem diálogo com os setores que mais contribuem para o progresso nacional.
A Fecomércio MG reitera que sua missão vai além da representação institucional. A entidade atua como ponte entre os anseios do empresariado e as esferas decisórias do poder público, buscando soluções que promovam o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e estímulo à economia real.
O crescimento sustentável só será possível com políticas que respeitem a contribuição de quem empreende, investe e transforma realidades econômicas em todo o território mineiro. Por isso, a Federação seguirá lutando por um ambiente de negócios mais saudável, produtivo e capaz de sustentar o desenvolvimento de Minas e do Brasil.