Nossos filhos são responsáveis pelos melhores momentos de nossas vidas, assim como são capazes de arrancar de nós os mais sinceros sorrisos. Mas também, em questão de minutos, são capazes de nos tirar do sério e de nos levar a termos ataque de nervos. Assim, tendemos a gritar e a ter atitudes mais abruptas, para com uma pessoinha que ainda está construindo sua maturidade emocional. Sabemos que ninguém é de ferro, que perdemos o controle as vezes, mas temos que ter a consciência que nós sim temos maturidade para lidar com a situação. Fato é que muitos de nós vêm de criações onde gritos e truculência faziam parte da educação habitual, e que acabam repassando isso para a criação de seus filhos.
Vários estudos mostram e comprovam a ineficiência deste comportamento na criação dos pequenos. Presenciei inclusive um episódio no aeroporto de Congonhas neste domingo. Por um comportamento normal de criança, brincando ao pegar a refeição, o pai foi extremamente truculento, causando desconforto e revolta a quem estavam por perto. Muitas das vezes os filhos pagam pelo estresse dos pais, e acabam sofrendo reações desproporcionais. Nesse momento ter empatia é fundamental, pois devemos lembrar que já fomos crianças e que também agíamos como tal. As crianças têm certas condutas que a gente tem que aprender a lidar enquanto elas vão aprendendo. Por isso, precisamos deixar as crianças serem elas mesmas, tendo a liberdade de se moldarem, com a participação do adulto conduzindo de forma leve e consciente. E, como sempre digo, o maior ensinamento que podemos dar a elas é o exemplo. Criança tem que ser criança, e se comportar como criança. Quando faltar paciência, respire fundo e pense bem antes de agir.