Representantes de diversas entidades privadas e do poder público debateram a reabertura do Aeroporto Carlos Prates em uma reunião na última quinta-feira, na sede da FIEMG, na capital.
No encontro, promovido pela Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade da Federação o pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), houve a apresentação em detalhes de um projeto de desenvolvimento econômico para o aeródromo e bairros vizinhos a partir de investimento privado.
O vice-presidente da FIEMG e diretor regional do Sindipeças, Fábio Sacioto, disse que o fechamento do aeroporto, decorrente de uma portaria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), afetou a formação profissional de pilotos e o funcionamento de escolas de aviação que operam no terminal. A área está desativada desde 1º de abril deste ano.
“O ecossistema da aviação foi impacto e sem perspectiva de retomada. Com essa reunião, procuramos debater alternativas com diferentes setores com o objetivo proporcionar o desenvolvimento do aeroporto e da região sem custo para os cofres públicos e a população”, disse Sacioto ao avaliar o encontro.O vereador Bráulio Lara, presidente da comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Municipal de BH, que também participou da reunião, destacou a relevância de analisar os reflexos do fechamento do Carlos Prates para a cidade e a necessidade da reabertura da área. “A FIEMG, por si só, agrupa o setor empresarial que busca melhorar o ambiente de negócios em Belo Horizonte e o desenvolvimento da nossa cidade. No caso do setor aéreo, há uma série de fatores que impulsionam esse ecossistema que foram afetados com a desativação do aeroporto”. No mesmo tom, o vereador Jorge Santos criticou a desativação do aeroporto e os prejuízos da medida para o sistema aéreo de Belo Horizonte e o impacto na formação de profissional para o segmento.
Um novo Carlos Prates
O presidente da Associação Voa Prates, Estevan Velasquez, apresentou um projeto para a modernização do aeródromo, inaugurado em 1944. A proposta, elaboradora há quatro anos, visa manter as operações de instrução de voo e formação profissional e a construção de uma área multiuso, segundo ele. O espaço abrigaria parque ecológico e linear, um museu em homenagem a Santos Dumont, hangares, centros de manutenção e de formação de mão de obra, além de melhorias no Hospital Alberto Cavalcanti.
A projeto, observou Velasquez, contempla também a segurança para quem utiliza o aeródromo e os bairros no entorno. Em relação ao tema, o empresário mostrou durante a reunião documentos oficiais que, segundo ele, conferem ao terminal viabilidade técnica de funcionamento.
“O que foi apresentado no encontro é uma proposta para aproveitar a vocação do aeroporto, que é de prestação de serviço e formação profissional, e potencializá-lo ao máximo em parceria a iniciativa privada e o poder público”, observou.
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