Plataforma eletrônica traz números dos últimos oito anos
Base de dados disponibilizada apresenta números de exportação, importação e outros cenários comerciais do estado com outras unidades federativas nos últimos oito anos
Em webinário promovido pela Diretoria de Estatísticas e Informações da Fundação João Pinheiro (FJP), ontem, quarta-feira , em parceria com a Secretaria de Estado da Fazendo de Minas Gerais (SEF-MG), pesquisadores da FJP apresentaram plataforma virtual que consolida dados do comércio interestadual do estado.
Para expandir as possibilidades de análise da composição e dos fluxos da economia de Minas Gerais, a FJP sintetizou uma base de dados com valores da exportação, da importação, do saldo comercial e dos principais parceiros e produtos comercializados no estado.
“Esta é uma ferramenta para auxiliar os gestores públicos no desenvolvimento de políticas econômicas. Sabemos que, analisando o complexo cenário econômico de uma unidade federativa, por exemplo, como quem são seus principais parceiros e produtos de importação e exportação, estamos colaborando com estudos e futuras políticas baseadas em evidências”, explica a coordenadora da Coordenação de Análise Insumo-Produto da FJP, à frente do projeto, professora Carla Aguilar.
Números
Em 2021, as exportações do estado registraram crescimento de 27,6%. Entre 2015 e 2022 esse crescimento foi em média 9,9%. Em 2022, as exportações aproximaram-se de R$ 550 bilhões. Quanto às importações, em 2021, o aumento foi de 25,4%. No período 2015-2022, as importações apresentaram um crescimento médio de 8,2%.
Mais de 55% das exportações de Minas Gerais se destinaram a outros estados do Sudeste. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul tiveram participações de, aproximadamente, 13% das exportações ao estado. A região Norte foi o destino de apenas 4%, em média, das vendas de Minas Gerais.
As importações foram ainda mais concentradas do que as exportações. Mais de 60% tiveram origem no Sudeste. O Sul despontou na segunda colocação, média de participação acima de 15%. Na sequência, posicionaram-se o Centro-Oeste (9%), o Nordeste (7%) e o Norte (4%). Nessas últimas três regiões, os estados que se destacaram foram: Goiás, mais de 60% de participação na região; Bahia e Pernambuco, respectivamente, próximos a 50% e 20% do total do Nordeste; e Amazonas, quase 70% do total no Norte.
Metodologia
A metodologia adotada é uma elaboração do próprio órgão baseada no Sistema de Contas Nacionais (System of National Accounts (SNA) de 2008) utilizado pela Comissão de Estatística das Nações Unidas. A construção da Matriz de Comércio Interestadual utiliza a base de dados de Notas Fiscais Eletrônicas (NFe).
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