Top 5 Museus na Estrada Real.
A Estrada Real foi um conjunto de rotas que ligavam as regiões mineradoras do Brasil colonial aos portos de embarque, compondo um dos mais importantes patrimônios culturais e naturais do mundo. Diversos museus preservam a história e a cultura desse importante período da história brasileira e para os turistas oportunidade única de emergir na história, na cultura e arte de uma época de riquezas sem precedentes encontradas ao longo do seu trajeto.
E hoje listamos cinco museus onde é possível observar um pouco dessa história.
Museu do Diamante – Diamantina
Criado em 12 de abril de 1954, no centro histórico de Diamantina, cidade Patrimônio Cultural Humanidade, o Museu do Diamante, se apresenta como um importante marco histórico e um significativo lugar da memória, revelando aspectos representativos da história da cidade.
O casarão da sede do Museu, além do marco em relação aos processos da extração diamantífera e aurífera, também remete a uma dimensão sociocultural regional e nacional: a Inconfidência Mineira, por ter sido residência do padre José da Silva e Oliveira Rolim, habitando o Museu a ser um espaço de divulgação da memória, da história social e da cultura da cidade de Diamantina e de seus personagens.
O Museu tem seu acervo composto por um conjunto de peças de valor histórico e artístico dos séculos XVIII e XIX, relacionados com a mineração de diamantes e ao cotidiano urbano do antigo Arraial do Tijuco, dos quais se destacam: oratórios, santos de rocca, imaginária religiosa, minerais e balanças de pesagem de ouro e diamante.
O diversificado acervo conta ainda com pinturas, esculturas, desenhos, cédulas, moedas,
estampas, instrumentos musicais, indumentária, mobiliário, utensílios domésticos e de
iluminação.
Museu da Inconfidência – Ouro Preto
Formado por mais de 4 mil objetos, o acervo do Museu da Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as esferas da vida social mineira dos séculos 18 e 19, e remete à história da Inconfidência Mineira.
No piso inferior é apresentada a infraestrutura da evolução econômica, social e política, com objetos de construção civil, meios de transporte, mineração, aspectos da vida social e do movimento político da Inconfidência documentam a evolução de um agrupamento humano que iria pensar a independência brasileira. Em sala especial, o Panteão dos Inconfidentes, encontram-se os depojos dos inconfidentes.
No piso superior a superestrutura da criação artística de Vila, colocando em evidência a importância da Igreja, com bela coleção de arte sacra dos séculos XVIII e XIX. Duas salas são dedicadas a esculturas de Aleijadinho e pinturas de Ataíde.
Museu de Congonhas – Congonhas
Com o objetivo de potencializar o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, o Museu de Congonhas mostra de uma forma interativa e moderna as diversas concepções que existem no Santuário, juntamente com as obras de Aleijadinho. Retratando a parte devocional e histórica do maior museu a céu aberto das Américas.
Primeiro “museu de sítio” do Brasil, com uma arquitetura moderna que contrasta com o barroco bucólico, o Museu oferece informações históricas e de contexto que qualificam e complementam o que é visto no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
O museu fica ao lado do Santuário e aprofunda nas obras de Aleijadinho, e assimila a importância do Santuário, e a relação com a vida colonial.
A arquitetura, as obras de arte – com destaque para a obra de Antonio Francisco Lisboa, O Aleijadinho – e as manifestações de fé conferem ao sítio o valor transcendente, de múltiplos significados, que o museu busca realçar conduzindo o visitante a uma experiência de fruição estética, sensorial e intelectual.
Museu Ferroviário – São Joao del Rei
Para mineiro tudo é trem, mas no Museu Ferroviário em São Joao del Rei o turista vai poder ver trem de verdade!
As ferrovias foram de grande importância para o desenvolvimento do país. Em 1981, quando a Estrada de Ferro Oeste de Minas completou 100 anos, inaugurou-se o belíssimo Museu Ferroviário.
Seu acervo consta com objetos antigos – balanças, relógios, telefones, registradoras, sinos, ferramentas – e a locomotiva EFOM nº1, que foi a primeira da ferrovia. Além de haver um vagão de luxo, usado pela elite da época, inclusive por D. Pedro II.
A bitola dos trens utilizados possui 0,76 mm, sendo a única no mundo a utilizar essa medida. Isso fez com que esses trens não rodassem por outras ferrovias e/ou fossem substituídos por outros mais modernos, logo, as marias-fumaças permaneceram.
Do museu parte a Maria Fumaça, que vai até Tiradentes em um passeio de aproximadamente 50 minutos, com conforto e admiração pelas curvas de Minas.
Museu Mariano Procópio – Juiz de Fora
Em 1861, Mariano Procópio construiu uma Villa para receber a família imperial de D. Pedro II. Sua coleção de obras de arte era tão rica e diversificada que, já no século XX, Alfredo Ferreira Laje, filho de Mariano Procópio, transformou o espaço da casa em museu particular, o primeiro organizado em Minas Gerais.
Seu acervo conta com mais de 50 mil itens divididos em duas seções: a Seção de História e a Seção de Belas Artes. Na primeira, encontram-se peças do Brasil Império, especialmente do vestuário e mobiliário da família imperial. Já na seção de Belas Artes, são expostas telas brasileiras e européias dos séculos XIX e XX.
O Parque Mariano Procópio, projetado por Auguste Glaziou, possui 78 mil m² e oferece infraestrutura completa aos visitantes. Além disso, abriga uma rica fauna que conta com cisnes, patos, marrecos e preguiças.
Abordando desde a arte sacra e a história colonial até a cultura popular e a geologia, os museus oferecem aos visitantes uma imersão em diferentes aspectos da vida ao mais: longo da rota.
Explore, aprenda e divirta-se! Estrada Real: Uma estrada, seu destino!
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Daniel Magalhães Junqueira
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