Cidadão vai poder registrar em cartório doação de órgãos

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As doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes no país, em 2023. Foto: Ministério da Saúde/ Divulgação.

Campanha se chama Um Só Coração: seja Vida na Vida de Alguém

Foi lançado, ontem, segunda-feira, pelos cartórios de todo o Brasil, um documento eletrônico que vai permitir a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser doadores de órgãos.

A iniciativa foi anunciada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém. ebcebc

Quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita.

As autorizações poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu e ficarão disponíveis em um sistema eletrônico.

O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético.

Quem se interessar pela autorização eletrônica pode acessar o site da AEDO  e preencher um formulário eletrônico, que será enviado ao cartório selecionado no momento do acesso.

Em seguida, segundo a Agência Brasil, uma data será agendada pelo cartório para a realização de uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento eletronicamente.

Após a tramitação do pedido, o documento ficará armazenado no Sistema Nacional de Transplantes e poderá ser acessado no momento do óbito do doador.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de lançamento da campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no Brasil.

Segundo ela, as doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes no país, em 2023.

O número representa aumento de 13% em relação ao ano de 2022.

“Tenho certeza de que nós vamos contribuir muito para que o número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da doação de sangue. O Brasil é uma referência nesse sentido”, concluiu.

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