Em junho, o indicador da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Belo Horizonte apresentou uma leve redução, afastando-se do nível de otimismo ao registrar 96,9 pontos, uma queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Todos os subíndices que compõem o indicador influenciaram essa variação, com destaque para o Nível de Consumo e a Perspectiva Profissional.
Desempenho por faixa de renda
- Famílias com renda até 10 salários-mínimos (s.m.):
- ICF: 93,4 pontos (queda de 3 pontos em relação ao mês anterior).
- Famílias com renda superior a 10 s.m.:
- ICF: 119,1 pontos (queda de 2,7 pontos em comparação com maio).
De acordo com Devid Lima, economista da Fecomércio-MG, vários fatores podem impactar os resultados da pesquisa, como desemprego, inflação, taxa de juros e políticas governamentais. Eventos como a recente tragédia climática no Sul do Brasil, que levou à restrição de compras de arroz nos supermercados da região, também influenciam a percepção da população e são vistos como desastres naturais com grande impacto na economia.
O ICF é composto por sete subindicadores, quatro dos quais se encontram em nível de satisfação para ambas as faixas de renda familiar:
- Emprego atual: 130,6 pontos
- Perspectiva profissional: 108,6 pontos
- Renda atual: 108,5 pontos
- Perspectiva de consumo: 110,0 pontos
Níveis de satisfação por faixa de renda
- Famílias com renda superior a 10 s.m.:
- Acesso ao crédito: 89,2 pontos
- Nível de consumo: 73,6 pontos
- Famílias de ambas as categorias de renda:
- Momento para duráveis: 57,6 pontos (nível de insatisfação)
Dos sete subindicadores, cinco apresentaram leve redução em relação ao mês anterior, enquanto dois sofreram maior queda:
- Emprego atual: -0,6%
- Momento para duráveis: -0,7%
- Renda atual: -1,7%
- Perspectiva de consumo: -2,5%
- Acesso ao crédito: -3,6%
- Perspectiva profissional: -5,5%
- Nível de consumo: -6,48%
O Nível de Consumo, que mede o quanto as famílias estão comprando em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentou queda em ambas as faixas de renda.
Esse resultado está alinhado com os subíndices de Perspectiva Profissional e Acesso ao Crédito, que impactam diretamente o comportamento de compras das famílias.