A FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais iniciou um movimento contundente para proteger o Brasil de possíveis retrocessos ambientais e econômicos. O foco está na mobilização de apoio popular e parlamentar para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar artigos específicos do projeto de lei que regulamenta a exploração das eólicas offshore no país. Esses artigos, conhecidos como “jabutis”, beneficiam as termelétricas movidas a combustíveis fósseis, gerando sérios impactos financeiros e ambientais.
O impacto das termelétricas na conta de luz
A principal preocupação da FIEMG e de seus apoiadores é o reflexo direto que as termelétricas já têm – e continuarão tendo – na vida dos brasileiros. Atualmente, as usinas termelétricas são responsáveis por aproximadamente 20% do valor das contas de energia elétrica. Caso os artigos do projeto não sejam vetados, o aumento estimado será de mais 9%, criando um impacto significativo no orçamento familiar, especialmente nas classes mais vulneráveis.
Não se trata apenas de um aumento nas despesas com energia elétrica. A alta nos custos energéticos afeta toda a cadeia produtiva, o que, consequentemente, encarece os produtos essenciais ao dia a dia, como os alimentos da cesta básica e o tradicional pãozinho. Isso reforça a urgência da mobilização popular para evitar que a aprovação desse projeto gere ainda mais pressão inflacionária.
“Uma termoelétrica a carvão mineral polui 34 vezes mais que uma hidrelétrica, e uma a gás, 20 vezes mais. Essas escolhas impactam diretamente nossa capacidade de atingir as metas de redução de emissões de CO2, além de prejudicar o bolso de cada brasileiro”, afirma Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. De acordo com ele, a inclusão de “jabutis” no projeto vai encarecer produtos essenciais e aumentar a inflação. “Hoje, os 11% de termoelétricas na matriz elétrica tornam a conta de luz 20% mais cara e produtos básicos para a população também mais caros. Expandir essas fontes poluentes até 2050 é um erro gravíssimo, pois aumentaria ainda mais esses custos”, ressalta.
O movimento que a FIEMG está promovendo também reforça a importância de separar disputas políticas dos interesses nacionais. “Essa não é uma questão de direita ou esquerda; é sobre proteger o Brasil. Estamos pedindo aos cidadãos que se unam a nós para solicitar o veto do presidente aos pontos que prejudicam o lado social, ambiental e a sustentabilidade da nossa matriz elétrica”, conclui Roscoe.
A entidade convida a sociedade a engajar-se no movimento e reafirma seu compromisso com uma matriz elétrica mais limpa e sustentável.
Assista o vídeo do Presidente Flávio Roscoe:
Por que vetar os “jabutis” do PL das eólicas offshore?
O termo “jabutis” é usado para descrever emendas ou artigos incluídos em projetos de lei que não possuem relação direta com o tema principal. No caso das eólicas offshore – uma tecnologia sustentável e promissora –, os artigos que favorecem as termelétricas movidas a combustíveis fósseis destoam completamente do objetivo ambiental e econômico do projeto original.
Além de aumentar os custos para a população, a inclusão desses dispositivos representa um retrocesso no caminho rumo à transição energética do Brasil. Enquanto países ao redor do mundo têm avançado na adoção de fontes limpas e renováveis, o incentivo às termelétricas vai na contramão das metas climáticas e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
O movimento liderado pela FIEMG destaca que esse modelo energético é ultrapassado, caro e prejudicial ao meio ambiente, emitindo altos volumes de gases de efeito estufa e contribuindo para as mudanças climáticas.
A urgência da mobilização popular e parlamentar
De acordo com a FIEMG, o momento exige união de esforços entre sociedade civil, lideranças empresariais e parlamentares comprometidos com o desenvolvimento sustentável. A proposta do movimento é simples, mas poderosa: pressionar o governo e o Congresso Nacional para que o presidente Lula exerça o veto presidencial sobre os artigos problemáticos.
A campanha “Veta, Lula!” vem ganhando força em diversos segmentos da sociedade. As redes sociais têm sido uma ferramenta crucial para amplificar a mensagem, com publicações, vídeos e hashtags que denunciam os impactos do projeto. É um chamado à ação que vai além de diferenças ideológicas ou partidárias, colocando em pauta o que está em jogo: o futuro econômico e ambiental do país.
Meio ambiente e economia caminham juntos
Um dos argumentos centrais do movimento é a necessidade de alinhar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. O Brasil possui um enorme potencial para se consolidar como referência global em energia limpa, especialmente nas áreas de eólicas offshore e solar. No entanto, ao priorizar subsídios e incentivos para as termelétricas de combustíveis fósseis, o país corre o risco de ficar para trás no cenário global.
A FIEMG reforça que o veto aos artigos do projeto de lei não é uma questão partidária, mas sim uma responsabilidade coletiva. Proteger o meio ambiente e garantir que os brasileiros não sejam penalizados por políticas equivocadas deve ser prioridade.
Como você pode fazer parte do movimento
A campanha “Veta, Lula!” convida todos os brasileiros a se engajarem nessa causa. Existem diversas maneiras de participar:
- Assine petições online: Diversos abaixo-assinados estão circulando na internet para pressionar o governo a vetar os artigos prejudiciais.
- Divulgue nas redes sociais: Compartilhe informações sobre os impactos das termelétricas e utilize a hashtag #VetaLula para ampliar o alcance da campanha.
- Envie mensagens aos parlamentares: Entre em contato com deputados e senadores de sua região, pedindo que se posicionem contra os artigos do projeto.
- Participe de eventos e manifestações: A FIEMG e outras entidades estão organizando ações em defesa do veto.
A mudança começa com a mobilização de cada cidadão. Com esforço coletivo, é possível barrar os retrocessos e avançar rumo a um Brasil mais sustentável e competitivo.
O movimento “Veta, Lula!”, liderado pela FIEMG, é mais do que um simples apelo ao presidente da República. Trata-se de um grito de alerta para que o Brasil não abra mão de seu enorme potencial em fontes renováveis de energia, protegendo tanto o meio ambiente quanto o bolso dos brasileiros.
É hora de agir, de somar forças e garantir que o país siga o caminho do desenvolvimento sustentável, com responsabilidade social e econômica. Pressionar pelo veto é proteger o futuro do Brasil – e cada cidadão tem um papel fundamental nessa luta.
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