O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) registrou um lucro líquido de R$ 134,5 milhões em 2024, representando um crescimento de 38% em relação ao ano anterior.
Os dados, divulgados no relatório financeiro de 2024 na última sexta-feira, refletem o desempenho sólido da instituição, que ampliou em quase 20% o volume de créditos liberados no período, totalizando R$ 3,54 bilhões.
Esse montante beneficiou mais de 5 mil empresas mineiras de diferentes portes, além de prefeituras em diversas regiões do estado.
Crescimento e impacto econômico
O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, destacou que os resultados reforçam a eficiência operacional e a credibilidade do banco, que mantém sua missão de impulsionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental de Minas Gerais. Ele ressaltou ainda a abrangência da instituição, que esteve presente em 91% do território mineiro, operando em 775 dos 853 municípios do estado.
O impacto dos financiamentos do BDMG pode ser visto em casos como o da médica Angela Vianello, que atua no setor de estética e medicina integrativa. Com quase 20 anos de mercado, sua clínica conseguiu dobrar o faturamento nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Esse crescimento acelerado ocorreu após melhorias viabilizadas por um financiamento do banco.
Angela utilizou o crédito para adquirir insumos, ampliar as opções de tratamento e oferecer melhores condições de pagamento aos pacientes. Além disso, recebeu capacitação em gestão financeira, o que contribuiu para um crescimento de 135% no faturamento já no primeiro mês. Diante da alta demanda, a clínica, que conta com dois médicos e três funcionários administrativos, planeja novas contratações.
Expansão da carteira e sustentabilidade
O balanço financeiro do BDMG também revelou que a carteira de crédito encerrou 2024 com um saldo médio de R$ 7,1 bilhões, quase 20% superior ao ano anterior. A taxa de inadimplência permaneceu baixa, em 1,3%, abaixo da média do mercado. Já o patrimônio líquido do banco atingiu R$ 2,3 bilhões, o maior da história da instituição.
Em relação à sustentabilidade, 55% dos R$ 3,54 bilhões em créditos liberados foram destinados a projetos alinhados a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Esse percentual representa um avanço em relação a 2023, quando o índice era de 40%. Entre os setores contemplados estão energia limpa, crescimento econômico sustentável e cidades mais ecológicas.