O comércio varejista de Belo Horizonte continua apresentando crescimento, impulsionado pelo aumento da renda disponível e pela maior confiança do consumidor.
Segundo o Termômetro de Vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), as vendas em janeiro de 2025 cresceram 2,2% em relação a dezembro de 2024.
De acordo com Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, esse avanço “reflete o fortalecimento do mercado de trabalho e a diversificação econômica da capital mineira”.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no início de 2025, foram criadas 137.303 vagas formais em diversos setores, e a taxa de desemprego no quarto trimestre de 2024 caiu para 6,2%, o menor nível da série histórica.
Supermercados lideram crescimento no varejo
Todos os segmentos do varejo registraram crescimento em janeiro de 2025 na comparação com o mês anterior. O setor de supermercados destacou-se, com alta de 8,05%, impulsionado pela demanda constante por itens essenciais e pelo controle da inflação.
Outros segmentos que registraram bons desempenhos incluem Drogarias e Cosméticos (7,9%), Papelarias e Livrarias (6,1%) e Artigos Diversos (3,11%), que englobam brinquedos, óticas, material esportivo e instrumentos musicais. Vestuário e Calçados cresceram 3%, enquanto Material Elétrico e de Construção e Eletrodomésticos e Móveis avançaram 2,66% cada. Informática teve alta de 2,09%, e Veículos e Peças, 1,68%.
Na comparação anual (janeiro de 2025 versus janeiro de 2024), o varejo de Belo Horizonte cresceu 2,55%, com destaque para Drogarias e Cosméticos (6,72%) e Supermercados (6,12%). Papelarias e Livrarias tiveram um avanço de 4,35%, seguidas por Artigos Diversos (2,99%), Informática (2,51%) e Eletrodomésticos e Móveis (2,4%). Material Elétrico e de Construção cresceu 2,37%, enquanto Veículos e Peças registraram 1,98% de alta.
Perspectivas para 2025
As expectativas para o comércio em Belo Horizonte são positivas, impulsionadas pela recuperação econômica e pela estabilidade do mercado de trabalho. O presidente da CDL/BH acredita que,” mesmo diante de desafios como juros elevados, os segmentos de consumo essencial devem continuar sustentando o crescimento do setor.”
Por outro lado, Souza e Silva destaca que a” taxa Selic elevada pode desestimular o consumo de bens duráveis e encarecer o crédito, impactando negativamente a economia. A restrição ao investimento também preocupa, pois pode limitar a expansão das empresas e a criação de empregos.”
Apesar desses desafios, o cenário econômico aponta para um ano promissor para o comércio varejista de Belo Horizonte, com boas oportunidades para crescimento e fortalecimento do setor.
