Tempo verbal do amor
olhei o tempo passado
e pensei no nosso
era o pretérito imperfeito
(parecia que me amavas)
mas foi ficando só na mente
bem longe da gente!
olhei o tempo futuro
e outra vez pensei no nosso
era o futuro do presente
(eu sempre te amarei)
não vi nada na frente
mas isso não significa, não tente!
procurei sem mérito
ser mais-que-perfeito
(só porque me amara)
o que vi foi o tempo pretérito
parecia que o amor se acabara
apertado aqui comigo
apelei para o
pretérito imperfeito
mas do subjuntivo
(talvez ainda me amasse)
e só então percebi
porque tanto te chamo:
não é no passado,
nem é no futuro
é no presente que te amo.
J.Café
Instagram: @joaocafe_poetadeocasiao
João Café – Poeta de Ocasião: Romântico, louco, apaixonado, cheio de dúvidas, tristonho, animado, alegre, crédulo, decente, por vezes discrente. Humilde, e até humilhado, às vezes enganado, contador de anos e de tantos desenganos. Totalmente inclinado pro lado do bem e do respeito mútuo, também. Leitor curioso, poeta de ocasião, escritor de causos por pura diversão. Praticante do perdão e pensador – cada pensamento é uma oração e cada qual sabe a sua dor. Amante da vida, amigo do amigo, louco pela família, quem mexe com ela é inimigo. Crente no verbo amar, na criança, e em tudo que traz esperança, em tudo que ainda virá! Que sempre acredita que vai dar pé! Prazer, e você, quem é?
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