Alô a todos.
Você pensa que estou falando aos que consomem maconha né? NÃO! Maconheiro não é aquele que, com um pedacinho de papel enrolam com “cuspe” o seu baseado e fumam maconha pra ficar doidão, pra ir pra balada ou até pra dormir. Não. Esse é o famoso consumidor que a polícia insiste em dizer que seria para “recreação”, ou pra consumo próprio. E assim retroalimentam o tráfico, o produtor da cannabis sativa e aqueles que vendem (também conhecidos pelas nossas autoridades como “traficantes”) que por sua vez compram grandes quantidades do produtor.
Sim, senhoras e senhores. É um círculo vicioso – na melhor acepção da palavra – do mundo das drogas.
Maconheiro é quem faz da maconha o seu meio de vida. O resto (e põe bastante significado na palavra resto) é consumidor. Ou seja, maconheiro é quem faz e vende a maconha. Estes mesmos que ninguém põe a mão porque servem de lucro ilícito e imediato para suas vidas. O consumidor é o crítico da história, por acharem que quem não gosta é “careta”. São o braço crítico da bagaça toda que vive da maconha.
Todos nós temos um conhecido, um familiar, um vizinho que consome um “back”. Vira e mexe a gente tem contato com aquele cheiro peculiar de um cigarrinho de maconha.
É preciso muita consciência para separar o joio do joio, porque nessa história toda não tem trigo.
Mas também é preciso muita sabedoria para conviver com a realidade de que cada esquina tem um. Cada prédio tem um. Cada condomínio tem um. São milhões deles espalhados pelo Brasil e bilhões que habitam nesse planeta.
Longe de ser o mal do século, há até quem defenda a liberação com os argumentos que vão desde o argumento científico até os mais imbecis.
Maconha é um vício, visto por muitos como doença (no caso dos dependentes químicos) e vários que vêm como um “barato”.
O certo é que como argumento de que a liberação eliminaria o traficante, aumentaria o recolhimento de impostos e tributos, não há verdade nisso. Caso contrário, como explicar o contrabando dos San Marino da vida? Se aumenta a arrecadação de impostos, pra onde iria o dinheiro? Para os mesmos ladrões que tomam conta desse dinheiro, assim como todos os outros. Não há saída. Precisamos nos encher de informação para poder julgar quem são os vilões dessa história. Tem muito político por aí que lucra com o tráfico, se associa aos produtores, que ganham MUITO dinheiro com essa história toda.
Antes de julgarmos, precisamos analisar de maneira mais profunda o problema que já é secular, amplo e irrestrito à causa social.
Outra verdade milenar é que o direito do outro termina quando começa o seu. Mas e os deveres? Dos pais é conversar francamente com os filhos. Dos adictos é conversar de forma esclarecida com quem REALMENTE pode lhes dar uma explicação.
Droga não teria esse nome se não significasse qualquer substância ou ingrediente em farmácia, tinturaria, laboratórios químicos ou qualquer produto alucinógeno, que leve à dependência química e, por extensão, qualquer substância ou produto tóxico de uso excessivo ou entorpecente.
Ou seja: A droga é uma droga e ponto final.
Pare de ficar em cima do muro como se o problema fosse só dos outros. É, ou poderá vir a ser um problema na sua família.
Então, quando apontar esse seu dedo de seta para o outro, lembre-se, que mais dia ou menos dia este problema poderá ser seu também. E aí não adianta ficar se vitimizando. Enfrenta o problema. E lembre-se. Quando sentir aquele famoso cheirinho, lembre-se que pode estar no seu próprio sovaco.
Até a próxima sexta-feira.
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