A manhã desta quinta-feira (4) marca um ato histórico para Minas Gerais. Quatro meses depois da primeira audiência de conciliação e cinco encontros para discussão, o governo de Minas Gerais e a Vale assinaram um acordo de reparação de danos pela tragédia ocorrida na barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019. Os valores acordados chegam a R$37 bilhões e 680 milhões. O encerramento da negociação aconteceu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte e passa a ser o maior acordo da história do Brasil.
O rompimento trouxe consequências socioambientais sem precedentes na história do estado, além de 270 vítimas fatais, sendo que onze corpos ainda não foram encontrados em meio a lama que tomou conta do local destruindo além de muitas vidas, diversos sonhos.
Os investimentos que serão feitos com o dinheiro recebido incluem: Novo Anel viário, investimento em hospitais regionais, obras para garantir segurança hídrica da região metropolitana, saneamento básico nos municípios da bacia do rio Paraopeba, reforma do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, R$ 1 bilhão reservado para estradas, auxílio emergencial para 110 mil pessoas, durante quatro anos, de acordo com informações do G1.
Na última audiência de conciliação, no dia 21 de janeiro, o Governo de Minas Gerais encerrou as negociações e deu um prazo para a mineradora oferecer nova proposta que fosse o suficiente para o fechamento do acordo. Na oportunidade o secretário-geral Mateus Simões deu um ultimato à Vale e cobrou uma postura melhor da empresa, “não vamos aceitar migalhas, e menos ainda nos lançar em um leilão para a definição do valor. Ou teremos o maior acordo do país, garantindo a efetiva reparação dos danos acusados pelo rompimento da barragem em Brumadinho, ou a maior condenação da história do país.”, disparou.