Os prazeres e os desafios de ser pai de menina

Segundo numerosos estudos, após os 3 primeiros anos, muitas meninas passam a tomar como padrão inspirador os seus pais.
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Istock

A gente sempre ouviu que os meninos são mais apegados a mãe e as meninas ao pai. Pode até parecer bobagem, uma fantasia criada, mas tem sim muito de verdade. Eu posso dizer por mim o quão maravilhoso é ser pai de menina. A gente passa a deixar o instinto machista de lado, passa a ver o universo feminino com outros olhos. Mas como é com as pequenas ? Por volta dos 3 anos de idade as meninas começam a ficar mais próximas do pai, após passarem pela fase de desvinculo da figura materna, que até então era sua total referência. De fato, os pais têm uma afinidade especial com as filhas e, como disse anteriormente, posso falar por experiência própria. É muito interessante como nós pais também nos entregamos a esse sentimento. Brincando com nossas filhas esquecemos aquela necessidade de mostrar virilidade, de expor nossa masculinidade, e deixamos que elas nos maquiem, que coloquem tiaras e laços em nossas cabeças. Por outro lado, nós homens tendemos a termos um comportamento instintivo protetor com nossas filhas, mas que se não for moderado, pode causar sérios problemas futuros.

Segundo numerosos estudos, após os 3 primeiros anos, muitas meninas passam a tomar como padrão inspirador os seus pais. E segundo esses estudos, em muitos casos, essa vivência pode determinar as relações futuras que elas terão com os homens. Após certa idade, geralmente após os 9 anos, algumas meninas costumam sentir um “amor platônico” por seus pais. Uma mistura de ternura, carinho e admiração, conhecido como complexo de Electra. E nós temos uma enorme responsabilidade em relação a esse sentimento que nossas pequenas nutrem por nós. A doutora Meg Meeke, baseada em mais 30 anos de psiquiatria, cita algo extremamente importante: “Querido pai, você sabia que se você pudesse se ver, mesmo que fossem apenas dez minutos, com os olhos que sua filha o vê, sua vida iria virar de cabeça para baixo? Você sabe que você é o centro da vida dela? Que ela acorda todas as manhãs porque você existe?”. No meu caso comecei a perceber essa aproximação há pouco tempo e, por a Sofia ter ambos os pais muito presentes, ela acaba se dividindo entre os momentos de querer só a mamãe e os momentos de só querer só a mim. Mas é notória cumplicidade e proximidade que ela tem comigo. É algo muito cansativo as vezes, mas extremamente compensador e gratificante.

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Com o passar do tempo o pai se torna uma mistura de força e ternura. Ser pai é algo muito gratificante, que enche nossa vida de alegria, mas ser pai de menina é algo que muda completamente nossa forma de ver o mundo. Para terminar, queria citar algo muito importante dito por Yves Boulvin: “Houve muita conversa sobre a libertação das mulheres, mas também devemos falar sobre a dos homens. Hoje em dia, ele não é mais aquele guerreiro como antigamente ele era, ele pode finalmente expressar sua sensibilidade, mostrar que ele tem um coração cheio de amor”.

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