FIEMG apresenta investimentos do setor extrativo mineral

Cerca de R$ 16.7 bilhões foram investidos pelas mineradoras investiram em estruturas de barragens nos últimos três anos
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Franco Serrano

Foi apresentado ontem, 20, em Belo Horizonte, na sede da FIEMG um panorama sobre os investimentos e ações desenvolvidas pelo setor extrativo mineral em Minas Gerais em segurança de barragens e descomissionamento das estruturas com método construtivo a montante. 

Os investimentos nos últimos três anos no estado chegam aos R$ 16.7 bilhões, destinados a novas tecnologias, no aumento da segurança dessas barragens, bem como em uma descaracterização responsável. De acordo com o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, esses valores dariam para construir 150 mil casas populares. “Um grande esforço do setor para eliminar e mitigar os riscos sociais e ambientais”, pontua. Roscoe afirma que os investimentos apresentaram bons resultados. Exemplo disso é que não ocorreram incidentes graves com barragem de rejeito de mineração durante o período de recorde histórico de chuvas na região do Quadrilátero Ferrífero.  

Ações para o período chuvoso colaborou para evitar acidentes

Em Minas Gerais, das 32 barragens em nível de emergência, 30 não tiveram alteração do nível de emergência durante as chuvas de janeiro. “Nós tivemos inúmeras ocorrências atendidas, de pessoas ilhadas, escorregamentos, incluindo duas ocorrências relacionadas a rompimento de barragem de água”, declarou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), coronel Edgard Estevo da Silva, ressaltando que mesmo com o período de chuvas intenso em Minas, não houveram rompimentos de barragem e vítimas.

De acordo com o superintendente de Gestão de Risco da Defesa Civil do Estado, major Eduardo Lopes, o órgão se preparou para o período chuvoso, com mobilização dos municípios, e estruturação das Defesas Civis municipais. 

“Em relação às barragens, estamos sempre acompanhando junto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente para fiscalização de estruturas, sobretudo aquelas com nível de emergência mais crítico, principalmente as três que estão em nível de emergência 3. Reforçando que todas essas estruturas tiveram as suas populações, que residiam na Zona de Autosalvamento já retiradas. Então, é um trabalho integrado, articulado, também junto com as equipes de auditoria do Ministério Público”. 

A legislação tem avançado e permitido um novo cenário da gestão da segurança de barragens no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, das 45 barragens a montante, sete já foram descaracterizadas e mais 12 serão descaracterizadas até o dia 25 de fevereiro de 2022. 

A FIEMG defende que os prazos sejam adequados para a realidade de cada barragem, para garantir a descaracterização em segurança para a sociedade. Já foi comprovado tecnicamente que a realização das obras, garantindo a segurança total, e, ao mesmo tempo, o cumprimento dos prazos estabelecidos pelas legislações, não é possível em todas as barragens.

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