Alô a todos.
Não sei se vocês já perceberam, mas janeiro já está indo embora e faltam praticamente só nove meses para as próximas eleições.
Um estudo feito pela Universidade de Campinas com estudantes brasileiros mostra que o engajamento dos jovens nas próximas eleições será um dos maiores da história. Acho isso sensacional, mas o estudo mostra alguns dados preocupantes: – 83% dos entrevistados não sabe quem é o presidente da Câmara dos Deputados. 85% não sabe quem é o presidente do Senado. Mais arrepiante ainda é saber que 92% dos entrevistados não sabe EXATAMENTE qual é o papel das duas casas do legislativo e pior: mais de 95% não sabe o que é um Projeto de Emenda à Constituição.
Mas o resultado reflete uma situação muito simples: A moçada, também conhecida por “galera” não tem mais na mídia tradicional uma referência. Antes, os telejornais eram a grande fonte de informações. Os Jornais escritos, que acabaram por cair em um declínio absoluto e, parece, sem volta já não representam a verdade.
O que há de bom: – Os jovens buscam na Internet, nas Redes Sociais formar sua opinião, longe dos interesses comerciais da grande mídia: o que se por um lado é EXCELENTE como base de formação de opinião, deixam esses mesmos jovens à mercê dos famosos “influencers” que, muito além de serem admirados pelas suas belezas e inteligências, esbarram em uma absoluta falta de informação sobre aspectos básicos das políticas.
O que há de ruim: – Com base na linguagem de ódio das redes sociais, nossos adolescentes se baseiam em uma simples divisão ABSOLUTA de tendências políticas. Os discursos cada vez mais acalorados, acabam por dividir famílias, amigos e até relacionamentos afetivos pelo simples fato da discussão pela discussão. Nossos jovens desaprenderam sobre o debate político e agora apenas fecham a boca, sem ouvir o outro, apenas esperando a sua vez de falar ou dar a sua opinião. Não argumentam pelas próprias convicções, mas pelo que viram no Twitter, no Instagram, no Facebook, e… pasmemo-nos: Até no Tik Tok.
É preciso deixar claro para os nossos amiguinhos da Geração Z, que de nada adianta eleger esse ou aquele presidente, se não elegermos quem nos representem na Câmara e no Senado Federal.
Deputado não é um ser de outro planeta. É um funcionário público, o que quer dizer que são NOSSOS funcionários e devemos cobrar deles, ter seus telefones, seus e-mails e TODOS os seus endereços eletrônicos para que possamos cobrar deles um trabalho árduo em nossa defesa. Porque é isso que eles representam: NÓS! E a nossa vontade tem que ser o instrumento de trabalho que norteia seus esforços.
Essa discussão rasa, que beira a imbecilidade do “nós contra eles”, deve ceder lugar a uma discussão mais ampla, mais esclarecedora, mais lógica.
Senão vamos ver os deputados indo até a sua cidade, o seu bairro, só para a inauguração da obra que já é pedida há séculos.
Porque agradecer um deputado por uma obra realizada é a mesma coisa de agradecer o caixa eletrônico por entregar o SEU dinheiro quando você for sacar. Ora, o dinheiro é seu. Você é quem paga, você é quem tem que receber sim.
Vamos pensar em política de uma forma mais pragmática e menos partidária. Partidos são sopas de letrinhas, mas se você errar na deglutição dessa sopa, você acaba com uma imensa indigestão.
Precisamos aprofundar mais nosso conhecimento, ler mais, procurar saber mais, ainda que seja no Google, na Wikipédia, ou qualquer site de busca, mas SABER mais para não parecer um idiota quando for falar com aquele gorducho, careca que usa expressões que você não conhece para explicar o que você TAMBÉM não conhece. A ignorância nos torna escravos da própria ignorância. Aprende porr@!
Até Sexta-Feira que vem.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.
