O 27ª Minas Trend foi aberto oficialmente nesta terça-feira (19) com uma coletiva de imprensa com Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, e Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas. Flávio Roscoe destacou, inicialmente, que esta é a 27ª edição do Minas Trend, mas, na verdade, é o seu renascimento, uma vez que é a segunda edição pós-pandemia. “O efeito pandemia teve um impacto muito grande em toda a sociedade e isso não poderia ser diferente no segmento de moda, na realização dos grandes eventos, como o Minas Trend, que sempre teve grande tradição, com fluxo muito grande de compradores e expositores”, destaca.
Segundo Roscoe, a FIEMG tomou a decisão, seis meses atrás, de fazer a primeira edição pós-pandemia, pois o setor necessitava de fôlego para uma retomada. “Nós estamos reconstruindo o evento, avaliando outras propostas para torná-lo mais dinâmico e para captar todas as mudanças que ocorreram na sociedade, mas também na forma de comercialização. O digital veio para ficar, pois cada vez mais marcas acessam diretamente o consumidor. Todo o mercado teve uma transformação”, afirma.
O presidente da FIEMG ressaltou, ainda, que os caminhos já trilhados existem, são relevantes e continuarão servindo para fortalecer canais tradicionais, como o Minas Trend. No entanto, é preciso começar a vislumbrar outros impactos. “Por isso, estamos pensando em manter as edições do Minas Trend como eram, em modelo business, com mais foco no salão de negócios. Temos como objetivo até mesmo começar a levar o Minas Trend para eventos em todo o país”, destacou.
O evento, que tem 15 anos, já teve seu formato alterado algumas vezes e agora deve passar por uma nova repaginação. A edição passada, ainda durante a pandemia, foi um sucesso para as marcas que vieram e os compradores também ficaram muito satisfeitos. “Nosso desafio é adaptar o Minas Trend à nova atualidade e ao ritmo frenético de mudanças em que a sociedade está. No Minas Trend não poderia ser diferente”, avalia Flávio. “Com certeza, todas essas novidades vêm para melhor e para atender os anseios da comunidade da moda”, avalia.
Segundo a análise do presidente da FIEMG, o setor de moda tem uma capacidade muito grande de criar empregos em Minas Gerais: são mais de 150 mil pessoas empregadas nas várias cadeias, como vestuário, bolsas, couro e têxtil. “Mesmo quem não vem aqui na feira bebe um pouco da percepção que passamos aqui para os compradores sobre o nosso estilo, sobre a nossa cultura e isso favorece a imagem da moda mineira no país, a projeta para toda a América Latina e alcança até mesmo alguns compradores internacionais”, diz. Para ele, com muita criatividade e muita capacidade de invenção, tudo pode ser alterado e transformado.
“O Minas Trend está aqui como resultado disso: 100 marcas expondo, um número muito relevante para este momento. O setor como um todo vai sair mais forte e a gente vai criar e construir boas alternativas”, avalia Roscoe.
“Minas tem uma tradição e uma grande história ligada à moda e o Minas Trend é de fato uma grande sacada para ressuscitar o estado no setor de moda. E isso foi uma coisa que nós conseguimos fazer com o Minas Trend”, afirma Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas. “Falava-se muito da cadeia da moda no Brasil olhando muito para o eixo Rio-São Paulo e, de repente, o Minas Trend aparece no cenário, entra no circuito para ditar tendências e, acima de tudo, promover aquilo que para o Sebrae é o mais importante: incentivar as empresas a fazerem negócios”, analisa.
De acordo com Afonso, o Sebrae Minas tem trazido para o estado micro e pequenas empresas cujo universo representa 99% do universo das empresas brasileiras, de todos os setores. “O que nós vivenciamos durante o período da pandemia foi uma queda significativa do setor, porque não adiantava a indústria produzir, porque o comércio não conseguia vender, e vice-versa. Durante esse período, o Sebrae Minas cresceu muito no atendimento à essas micro e pequenas empresas, principalmente com as demandas de finanças e de MKT Digital. “Nós conseguimos ajudar as empresas a encontrar durante esse período da pandemia alternativas que mudaram a vida dessas empresas e, o mais importante, assim como o Minas Trend aprende, nós também aprendemos com esse relacionamento com as empresas. O legado da pandemia fica e agora nós estramos no modo ‘Phygital’, que é conseguir trabalhar o físico e o digital simultaneamente”, relata. Para ele, a parceria entre a entidade e a FIEMG é um orgulho e a intenção é que ela perdure por muito tempo. “Queremos continuar junto, principalmente porque temos a consciência clara da importância do Sebrae para as micro e pequenas empresas”, conclui Afonso.