Imersão na História da Arte – Parte VII

História, Curiosidades, Reflexões – Coluna Meg E.
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John Locke

Iluminismo

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na França, no século XVII. Também conhecido como Século das Luzes, sua principal característica era defender o uso da razão (luz) ao uso da fé.

Com ideias inovadoras, filósofos formularam teorias dos direitos do homem, escritores baseavam suas obras nos direitos dos cidadãos e na abolição de antigos privilégios.

Uma das mais importantes heranças da filosofia da arte para os tempos modernos foram as discussões sobre Estética, onde se descreviam conceitos como gosto, apreensão estética, sentimentos como fonte de experiência estética. Concomitantemente foram elaboradas teorias sobre as questões da emoção, apreciação, imaginação, intuição e percepção da beleza.

De cunho filosófico, o Iluminismo defendia as bandeiras da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Seus ideais foram a semente da Revolução Francesa.

Alguns pensadores ficaram famosos, pelas suas ideias, pensamentos e obras.

Destacaram-se:

John Locke (1632-1704): considerado o “Pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o Entendimento Humano”, em que defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa (expressão em latim que literalmente significa “tábua raspada” no sentido de “folha de papel em branco”), sem nenhuma ideia.

Voltaire (1694-1778): François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire foi um escritor, ensaísta e filósofo iluminista que se destacou pelas críticas feitas ao clero, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos. Suas principais obras são: Édipo (1718), Mariamne (1724), La Henriade (1728).

“Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la.”

Essa citação, que supostamente é atribuída a Voltaire, é frequentemente usada por defensores da liberdade de expressão.

Montesquieu (1689-1755): Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu foi um político, filósofo e escritor francês que defendia a tripartição dos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, inclusive a Constituição Brasileira.

Manifestou suas ideias em sua principal obra “O Espírito das Leis” (1748). Era mais moderado e contra a burguesia, defendia o governo constitucional, a separação dos poderes, a preservação das liberdades civis, manutenção da lei e fim da escravidão.

Rousseau (1712-1778): Jean-Jacques Rousseau tem em sua principal obra “O Contrato Social” a afirmação de que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. A base democrática de um governo é que poderia oferecer igualdade jurídica aos cidadãos. Defendia também a pequena burguesia.

Foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino e um precursor do romantismo.

Quesnay (1694-1774): François Quesnay, médico e economista francês, foi o representante oficial da fisiocracia, que pregava um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.

Adam Smith (1723-1790): foi o principal representante do liberalismo econômico, em que defendia o poder do Estado pela riqueza, através da expansão das atividades econômicas capitalistas e liberdade política e econômica a grupos particulares.

Sua principal obra foi “A Riqueza das Nações” onde expõe o conceito da economia pelo livre jogo da oferta e procura. Considerado o “Pai da Economia Moderna”.

Curiosidades:

  • Illuminati – sociedade secreta da época do Iluminismo fundada em 1 de maio de 1776, cujos principais objetivos eram opor-se a superstição, ao obscurantismo, à influência religiosa sobre a vida pública e aos abusos de poder do Estado.

Em seus estatutos gerais constava que “A ordem do dia é colocar fim às maquinações dos perpetradores da injustiça, controlá-los sem dominá-los”.

Um pequeno grupo de jovens se uniram no estado da Baviera, sul da Alemanha criando e prometendo cumprir os fins da sociedade. Dentre os que estavam naquela noite sabe-se a identidade de apenas três: Adam Weishaupt (se proclamou com o nome simbólico de Spartacus), Max Merz e Anton von Massenhausen.

Os Illuminati rapidamente se espalharam, atraindo pensadores, filósofos, artistas, políticos e banqueiros.

Muitas teorias da conspiração propõem que diversos eventos mundiais são controlados e manipulados por essa sociedade, da qual fazem parte notáveis personalidades do mundo moderno.

  • O vestuário da época eram vestidos volumosos, cheios de babados, lacinhos e flores. As roupas deviam modelar e realçar o corpo, escondendo as imperfeições, importados da China, Japão e Índia
  • O nome Iluminismo foi dado pelo movimento se opor a escuridão da Idade Média
  • No Brasil, o Iluminismo chegou através de publicações contrabandeadas, influenciando a Inconfidência Mineira (1789) um dos mais importantes movimentos sociais da história do Brasil, que significou a luta do povo brasileiro pela liberdade contra a opressão do governo português no período colonial, a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817)

Reflexões:

As ideias iluministas valorizavam, sobretudo, a razão como instrumento de percepção do ser humano. Para alcançar o conhecimento, estimulavam o questionamento, a investigação e a experiência como forma de aprendizado e valorização do homem.

 Os tempos modernos espelham-se na grandeza e sabedoria dessa época de luz, em que o homem deixa de ser mero expectador dos acontecimentos históricos, políticos e sociais, para ser um agente ativo e atuante das ações humanas.

Meg E.
09/06/22

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