Governadores divulgam Carta de Belo Horizonte

Documento foi assinado pelos sete chefes do Executivo das regiões Sul e Sudeste ao final do 8º Cosud, encerrado no último sábado, na capital.
Carta será enviada para Assembléia Legislativa de cada Estado. Foto: Gil Leonardi/Agência MG.

Os governadores dos sete estados integrantes do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud)  divulgaram a Carta de Belo Horizonte.

Ao final do 8º Encontro do grupo, ocorrido no ultimo sábado, secretários e representantes  apresentaram o resultado de cada um dos 12 Grupos de Trabalho(GTs), quando foi feito um balanço das pautas e os avanços nesta edição do Cosud.  Em seguida, o documento com compromissos firmados durante os dois dia de debates foi assinado pelo sete governadores das regiões Sul e Sudeste.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais( Sedese-MG) leu o documento,  chamado de Carta de Belo HJorizonte, que reforça sobre a renovação e fortalecimentos dos compromissos de todos os estados participantes. Compromissos, esses, segundo a carta, de atuação conjunta e cooperativa, em defesa da liberdade, da geração de emprego e renda, além da responsabilidade fiscal.

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Além disso, o  documento também reitera o pedido de formalização do consórcio, solicitando aos presidentes das Assembleias Legislativas estaduais e aos respectivos parlamentares que essa medida seja aprovada rapidamente, o que fortalecerá a atuação conjunta dos estados. Uma vez formalizado, o Cosud será o maior consórcio de estados do Brasil.

O último dia de programação também contou com debate entre os chefes do Executivo de cada estado, quando o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deixou uma mensagem de otimismo, pontuando algumas conquistas significativas para o país nos últimos dez anos.

“A lei de responsabilidade fiscal faz parte desses avanços. Qualquer país do mundo que deu certo teve o compromisso com a responsabilidade fiscal. A independência do Banco Central foi outro avanço, seguido da lei das estatais, o marco do saneamento e autorização das ferrovias”, enumerou Zema. “Aqui no Cosud, trabalhamos em conjunto, temos muitas pautas em comum, compartilhamos aquilo que funciona bem e que dá certo. Isso é o que todos os brasileiros querem: o Brasil da renda, do emprego, que dá autonomia, independência e dignidade às pessoas”, completou.

Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, por sua vez afirmou que o consórcio deve ser um grande instrumento para ajudar o país, uma vez que os governadores, nos últimos anos, ganharam expressivo protagonismo.

“Da noite para o dia, fomos obrigados a buscar soluções para problemas jamais enfrentados, como a pandemia de covid-19. Foram exigidas medidas rápidas, sem os devidos apoios. Demos conta. Por isso, devemos usar cada vez conquistas para fazer o melhor para a nossa população”, disse.

Para o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o Cosud está diante de grandes oportunidades, já que o início do segundo ciclo é a prova de que o consórcio venceu a etapa da sua instalação. “Essas oportunidades devem nos aproximar mais. Devemos esquecer essa ideia de atuarmos de forma isolada, para colocarmos em prática os ideais da complementariedade”, explicou.

O governadoir de São Paulo,  Tarcísio de Freitas, ressaltou que é importante que os governadores estejam unidos para resolver os diversos problemas, muitas vezes comuns, para que o país consiga crescer com maior dinamismo. “A inovação deve estar cada vez mais presente na elaboração e no funcionamento das políticas públicas. Trabalhar de forma integrada é o melhor caminho na busca de resultados”, disse.

Contribuir ainda mais para os interesses da população é um dos compromissos a serem cumpridos pelo consórcio, disse o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello.

“Queremos reforçar a grandeza do encontro e reafirmar que o nosso desejo é o de não ter supremacia em nada. Todos nós – juntos – representamos mais de 50% da população do nosso país, e essa sintonia é uma forma inteligente e respeitosa de nos juntarmos para defender os interesses do povo”, afirmou.

Por sua vez, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mostrou otimismo com o futuro do consórcio e destacou a importância dos grupos de trabalho e de ter áreas integradas para que os Estados estejam cada vez mais alinhados em pautas que contribuam para o desenvolvimento das regiões. “É preciso olhar as ações dos governos de forma integrada. Estou muito animado para que o Cosud possa representar a nossa população”, pontuou.

Coordenação do consórcio

Ainda durante a cerimônia de encerramento, Romeu Zema anunciou que Ratinho Junior, governador do Paraná, foi escolhido para ser o primeiro coordenador do Cosud, posto que ocupará por 12 meses, a partir de 1º de janeiro de 2024.

A cada ano, um novo governador será designado para a coordenação do consórcio, em um sistema de revezamento que estabelece que o vice-coordenador será o mandatário de um estado da outra região. Portanto, neste primeiro momento, com a coordenadoria a cargo de um governador do Sul, a vice-coordenadoria será desempenhada por um governador do Sudeste.

O coordenador do Cosud enalteceu a qualificação dos gestores públicos que compõem os quadros dos estados e que isso representa uma importância histórica. “Precisamos construir de forma conjunta um projeto para o desenvolvimento das respectivas regiões”, observou o paranaense.

O Cosud volta a reunir os governadores dos estados das regiões Sul e Sudeste, daqui a 90 dias, no estado de São Paulo.

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