Na abertura do 2º dia do Encontro Nacional de Automação 2023 (ENA), hoje, no Minascentro, o superintendente Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Gustavo Macena disse, que “de ano a ano, estamos cada vez atingindo nossos objetivos, que é promover a conexão entre os atores do setor de automação”, convidando os participantes a aderirem a esse movimento de fortalecimento do setor. “Em 2024 queremos um evento ainda maior e esperamos atingir a marca de 4 mil pessoas em três dias de eventos”, ressaltou.
Quem esteve também presente na abertura foi Erico Rossi, especialista em automação da Gerdau, indústria co realizadora do ENA. Segundo Rossi, a ideia de promover um encontro de automação surgiu em 2019. “Quando entrei na empresa, me deparei com o desafio de unir os especialistas de automação de todo o Brasil. Não era uma tarefa tão simples”, disse, comentando que a primeira edição aconteceu na cidade de Ouro Branco e reuniu 200 pessoas. “O sucesso foi tão grande que convidamos a FIEMG para ser nossa parceira e o ENA cresceu. É muito gratificante ver as pessoas se conectando e trocando experiências”, confidenciou.
Uma das atrações do segundo dia do ENA foi “O painel Operação inteligentes: fusão de dados, ciência e conhecimento humano”, apresentado por Constantino Seixas e Fábio de Carvalho, especialistas da empresa Accenture.
Seixas explicou que a automação está avançando em áreas especializadas, como a engenharia e medicina. Mas que isso, necessariamente, não é uma ameaça às profissões e pode ser utilizado como fator de crescimento e de resolução de problemas dentro dos negócios.
“Algumas empresas se diferenciam por terem uma assinatura digital, por entenderem o mercado e prezar pela utilização da inovação e tecnologia. Isso as tornam superiores”, disse citando a Amazon como exemplo, que tem a capacidade de mapear os desejos de seus clientes.
Carvalho pontuou que com a junção entre ciência, dados e talento humano, é possível vislumbrar a realização de todos as ambições das indústrias, como a resolução de desafios como aquisição de matéria-prima, logística, sustentabilidade e energia. “A inteligência artificial vem resolvendo problemas reais da indústria”, explicou.
Seixas citou como exemplo da utilização da IA na Accenture o projeto de “Redução de custo variável no processo de pelotização”. Para esse desafio, foi utilizado modelos matemáticos para ajudar a reduzir os custos variáveis em toneladas por pelotas. “Identificamos as melhores condições operacionais, entendemos como cada parâmetro influencia a qualidade da pelota e, por meio de um modelo estatístico descritivo, minimizamos os custos sem perder a qualidade, gerando uma economia de 22,8% na produção de pelotas”, esclareceu.
O ENA tem o objetivo de estimular, incentivar e apoiar a troca de conhecimento, gerar oportunidades de negócios e apresentar as principais tecnologias do mercado de automação industrial, robótica, segurança cibernética, TI e inteligência artificial.
O evento foi uma realização da FIEMG, com correalização da Gerdau; patrocínio master da Accenture e IHM Stefanini; patrocínio ouro da ABB, AWS, Danieli do Brasil e Deloitte; patrocínio prata da AVEVA, Aquarius e GE, Dimensional, Enacon, Pepperl+Fuchs, Radix, Schneider, Siemens, Simatec, TCS e Westecon; e conta com o apoio do SENAI.