Vacina poderá se tornar a primeira 100% brasileira
A SpiN-TEC – vacina contra a covid-19 que poderá se tornar a primeira 100% brasileira – chegou à segunda das três fases que compõem os testes clínicos com humanos. A vacina é resultado de parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em 2021, a PBH assinou um termo de patrocínio que garantiu R$ 30 milhões para o financiamento dos estudos da fase clínica 1 e 2 da vacina.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o estudo e os resultados da primeira etapa.
Agora, os pesquisadores vão contar com a participação de 360 voluntários, homens e mulheres com idade de 18 a 85 anos, que devem ter disponibilidade para serem acompanhados presencialmente pela equipe em Belo Horizonte.
Os recursos repassados pela Prefeitura foram usados para custear despesas relacionadas à manutenção e experimentos com os animais e compra de reagentes (para avaliação da resposta imune, produção e formulação das vacinas).
Além da produção de lotes de teste para análise da Anvisa, supervisão dos ensaios, preparo da documentação de pedido de registro, execução dos testes pré-clínicos e duas etapas dos ensaios clínicos.
Para o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, o desenvolvimento da SpiN-TEC é um passo importante que pode marcar a história do país. “O Sistema Único de Saúde foi colocado à prova durante a pandemia e demonstrou toda a sua potência. Mais uma vez, vem do setor público e da ciência esse avanço tão importante. Pela primeira vez, um imunizante totalmente brasileiro pode fazer parte do calendário nacional de vacinação. Precisamos continuar trabalhando em parceria, sempre investindo e apoiando projetos como esse”, afirmou o secretário.
“O primeiro grande financiamento desse projeto veio da Prefeitura de Belo Horizonte. A entidade tem nos dado apoio em todas as instâncias e entendido as dificuldades de se realizar um trabalho como este. Destaco essa parceria tão necessária para o avanço dessa iniciativa”, ressaltou o coordenador dos testes clínicos da SpiN-TEC, Helton Santiago.
Como ser um voluntário?
Para participar da segunda etapa dos testes clínicos, os voluntários devem ter recebido, até maio de 2023, as doses iniciais de CoronaVac ou AstraZeneca e o reforço com Pfizer ou AstraZeneca.
Outro critério é não ter tido covid-19 há, pelo menos, seis meses.
Os acompanhamentos presenciais serão realizados nos centros de pesquisa participantes, em Belo Horizonte.
Pessoas com doença crônica controlada (hipertensão, diabetes e outras) também podem se inscrever. Mas cabe ressaltar que elas passarão por avaliação médica para verificar se estão aptas ou não a participar dos testes clínicos.
As inscrições devem ser feitas por meio de formulário específico, disponível neste link. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (31) 99972-0292 ou pelo telefone (31) 3401-1152.
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