Dólar sobe e fecha acima de 5 Reais

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A moeda norte americana sobe e fecha acima de R$ 5,00 e mercados flutuam. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Movimentação cambial e expectativas de juros.

Em um contexto marcado pela expectativa quanto às decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e Brasil, o dólar ultrapassou a marca de R$ 5 pela primeira vez desde o final de outubro, enquanto o mercado acionário brasileiro registrou uma modesta valorização.

Nesta segunda-feira, o câmbio do dólar comercial observou um fechamento a R$ 5,026, evidenciando um incremento de R$ 0,028 (+0,57%). Apesar de uma abertura com números levemente decrescentes, a cotação adotou uma trajetória ascendente logo após a abertura do mercado norte-americano, atingindo um pico de R$ 5,03 ao meio-dia.

Esse patamar é o mais elevado desde 31 de outubro do último ano, quando a moeda americana se fixou em R$ 5,04. Até o momento, março acumula uma valorização de 1,09% no câmbio do dólar, com um aumento de 3,56% no decorrer de 2024.

Quanto ao mercado acionário, a B3 apresentou uma leve volatilidade, encerrando o dia com o Ibovespa atingindo 126.954 pontos, o que representa um avanço de 0,17%. Esse resultado foi parcialmente influenciado pela recuperação das ações de empresas mineradoras, beneficiadas pela elevação nos preços do minério de ferro no mercado internacional. Por outro lado, papéis do setor petrolífero e elétrico apresentaram desempenho negativo.

Projeções e impacto dos juros

A definição iminente das taxas de juros tanto pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) quanto pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) gerou um clima de expectativa nos mercados. As decisões, previstas para a próxima quarta-feira (20), são aguardadas com grande interesse por investidores globais.

Informações recentes apontando para um aquecimento da economia americana levaram a um aumento nas expectativas de que o Fed possa adiar cortes nas taxas de juros para junho. Taxas mais elevadas em economias desenvolvidas costumam atrair capital que, de outra forma, poderia ser investido em mercados emergentes.

No Brasil, prevê-se que o Copom possa reduzir a Taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Contudo, sinais de aquecimento na economia brasileira, como o aumento na prévia do PIB anunciado pelo Banco Central nesta segunda, sugerem que o ciclo de cortes na Selic pode ser interrompido já em junho. A perspectiva de uma redução menor que a antecipada na taxa Selic pode redirecionar investimentos do mercado de ações para a renda fixa, influenciando assim a dinâmica de investimentos no país.

Este cenário de cautela e antecipação sugere um período de ajustes e reavaliações tanto para investidores quanto para as autoridades monetárias, refletindo a complexa interação entre políticas econômicas nacionais e tendências globais. A medida que avançamos, a atenção se volta para as próximas decisões dos bancos centrais, com possíveis impactos significativos nos fluxos de capital e na trajetória econômica dos países envolvidos.

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