Durante a reunião da Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da FIEMG, realizada em 20 de junho, foi destacado o papel crucial das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) no contexto do Sistema Elétrico Nacional.
A apresentação foi feita por Alessandra Torres, presidente da ABRAPCH – Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas.
PCHs e CGHs
Alessandra Torres destacou a importância de Minas Gerais para a segurança energética do Brasil, ressaltando que as hidrelétricas são a espinha dorsal da matriz energética do país. Ela mencionou que, segundo recomendações da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a água doce é comparável ao petróleo do século XXI.
Aspectos socioambientais: Menor emissão de CO2: PCHs e CGHs emitem menos dióxido de carbono comparado a outras fontes de energia.
Preservação ambiental: Contribuem para a regularização de áreas de preservação ambiental.
Utilização do entorno: Áreas ao redor das hidrelétricas podem ser usadas para lazer, esportes e turismo.
Aspectos econômicos: Redução dos custos energéticos: Energia gerada pelas PCHs tende a ter menores preços finais para os consumidores.
Inovações tecnológicas: Promovem novas tecnologias e oportunidades de investimento.
Geração de empregos: Um programa nacional de PCHs/CGHs poderia gerar cerca de 1 milhão de empregos e R$140 bilhões em investimentos.
Aspectos operacionais: Sinergia com outras fontes renováveis: PCHs e CGHs complementam outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e fotovoltaica, ajudando a compensar suas intermitências.
Recursos naturais: Minas Gerais possui extensas bacias hidrográficas, desempenhando um papel crucial no armazenamento e oferta de água e energia.
Planejamento
Humberto Machado Zica, presidente da Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da FIEMG, enfatizou a necessidade de sensibilizar a opinião pública sobre a importância das PCHs e CGHs. Ele destacou a urgência de encontrar soluções criativas para os problemas energéticos que estão se agravando, sugerindo um reforço no planejamento estratégico.
Programa Gás para Empregar
Outro tema abordado na reunião foi o Programa Gás para Empregar, apresentado por Maurício Abi-Chahin, diretor substituto do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME). Ele explicou que o objetivo do programa é promover a reindustrialização do país utilizando gás natural, incluindo o gás do pré-sal e de outras fontes.
Esforço conjunto:
Visão estrutural: Necessidade de uma abordagem estrutural para melhorar o abastecimento de gás.
Grupo de trabalho: Instituído em março de 2023, o grupo de trabalho envolve representantes de 15 órgãos e entidades e visa elaborar estudos para melhor aproveitamento do gás natural produzido no país.
Aumento da oferta de gás natural: Expandir a disponibilidade de gás natural da União no mercado.
Melhoria do aproveitamento: Maximizar o retorno social e econômico da produção nacional de gás natural.
Integração à transição energética: Incorporar o gás natural na estratégia de transição energética do Brasil.
Soluções tecnológicas para energia, petróleo e gás
Alexandre Feliciano, diretor de Operações da Tecnoloc, apresentou as soluções tecnológicas da empresa para os setores de energia, petróleo e gás. A Tecnoloc está presente nas maiores obras de infraestrutura do Brasil, oferecendo tecnologias avançadas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade dessas indústrias.
A reunião da Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da FIEMG destacou a importância das pequenas hidrelétricas e do gás natural para a segurança energética e o desenvolvimento econômico do Brasil.
A ênfase no planejamento, inovação e sustentabilidade reflete a busca por soluções que atendam às necessidades energéticas do país de forma eficiente e responsável.