O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deputado Tadeu Leite (MDB), destacou em entrevista após sua recondução à presidência da Mesa Diretora os avanços alcançados em seu primeiro biênio e os desafios que pretende enfrentar nos próximos dois anos.
A eleição ocorreu ontem, desta quarta-feira, em Reunião Especial, consolidando a continuidade de sua liderança no Legislativo mineiro.
O parlamentar sintetizou os principais acontecimentos que marcaram seu primeiro biênio à frente do Legislativo mineiro, como o protagonismo na pauta que discutiu a dívida de Minas Gerais com a União. “Se não fosse o movimento que essa Casa fez talvez não estivéssemos neste momento aguardando a votação do Propag, uma solução definitiva para a dívida”, afirmou. Esse projeto institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e atualmente tramita na Câmara dos Deputados.
Leite também lembrou do Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema, realizado pela ALMG neste ano em conjunto com universidades e várias instituições. Adiantou que ano que vem será apresentado um plano de ação para ajudar a amenizar os problemas climáticos que afetam a sociedade.
Indagado sobre as ações para o próximo biênio, ele respondeu que deseja continuar discutindo os temas relevantes para o Estado. “Todos os projetos que chegaram nesta Casa, especialmente os vindos do Governo do Estado, saíram daqui muito melhores do que chegaram, através de emendas, de discussões com os blocos, com os parlamentares. Esse é o nosso objetivo, tentar sempre pensar no bem comum, no bem da população”, disse.
Em relação aos projetos de privatização da Copasa e da Cemig, enviados pelo Executivo em novembro para a Assembleia, o presidente afirmou que serão discutidos com os parlamentares para que a tramitação tenha sequência e que o assunto é complexo.
“Esse é um tema que tem que ser discutido com muita cautela, muito tempo, muita tranquilidade. Nós estamos falando de empresas da população do Estado de Minas Gerais, mas eu entendo que o Estado tem que se modernizar, sem prejudicar a população, os servidores. Desde o início, quando assumi a presidência da Casa, disse que todos os projetos devem e têm de ser discutidos. Claro que no tempo da Assembleia, depois de construir um consenso ou a maioria”, pontuou.
Indagado sobre a aprovação, em 2º turno, do Projeto de Lei (PL) 2.238/24, do governador Romeu Zema (Novo), que altera valores de contribuição para o Instituto dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), o presidente respondeu que a proposição tem sido transformada ao longo do processo.
“Nós temos que modernizar o Ipsemg, mas não podemos prejudicar as pessoas que ganham um, dois salários mínimos. Essa é uma preocupação da Casa”, respondeu.