A criação da Rota do Queijo – Região do Serro é uma iniciativa que reforça o papel do Queijo Minas Artesanal como símbolo cultural, econômico e turístico de Minas Gerais.
O lançamento, feito pelo Sebrae Minas e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), coincide com a expectativa de reconhecimento do “modo de fazer” do Queijo Minas Artesanal como “Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.”
A ideia surgiu nasceu com ointuito de impulsionar o turismo de experiência associado à cadeia de valor envolvida com a produção do queijo. O território é reconhecido pela arquitetura, patrimônio cultural e por seus diversos atrativos naturais, como a paisagem da Cordilheira do Espinhaço.
Em todos os pontos, é possível degustar a iguaria harmonizada com frutas, quitandas, vinhos, espumantes, cervejas e principalmente: boa prosa. Na cidade de Conceição do Mato Dentro, Estela Mares deixou a aposentadoria para voltar ao campo e administrar a queijaria que leva o nome de sua mãe, ‘Dona Iaiá’, com quem aprendeu o ofício. “Aqui estamos na terceira geração e nosso queijo tem um sabor único. Muitas pessoas tem a curiosidade de saber como é o processo de produção e agora, com a Rota, terão essa oportunidade”, explica a produtora.
Estela Mares administrar a queijaria que leva o nome de sua mãe, ‘Dona Iaiá’, em Conceição do Mato Dentro.
Já na fazenda Córrego Do Taboão, além de conhecer a fabricação, quem faz a rota pode visitar o Museu da fazenda, lugar em que cada peça conta histórias, ir até ao moinho d’água, contemplar o riacho e encerrar a experiência com uma degustação de queijos e quitandas servidas ao lado do fogão à lenha. “Cada detalhe é uma lembrança, mantemos a história viva. Quem chega aqui encontra legado, amor e cultura”, revela a proprietária Eunice Bicalho.
Segundo a analista do Sebrae Minas Kele Vespermann, a Rota do Queijo do Serro concilia esforços para valorizar o turismo, a tradição e a história dos produtores locais. “Inicialmente apoiamos os produtores para terem acesso ao mercado. Quando caminhamos para a criação da rota, capacitamos para receber os turistas e também para entenderem as características particulares do queijo, seus aromas e sabores”.
“A rota une cultura, patrimônio histórico e turismo, potências na geração de emprego e renda em Minas Gerais, e está sendo lançada em um momento muito especial. Nesta quarta-feira, em Assunção, no Paraguai, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal têm tudo para serem reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Ao lançarmos a Rota Turística do Queijo do Serro, queremos mostrar também a cidade, os produtores, a experiência, a natureza, o ecoturismo”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
A Rota do Queijo da Região do Serro é uma das prioridades de Minas Gerais, por meio da parceria entre a Secult e o Sebrae Minas. Fazem parte da região os municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
O objetivo da rota, segundo a Agência de Notícia Sebrae-MG, é que o queijo da Região do Serro se torne ainda mais conhecido, amplie a sua comercialização, alcance maior percepção de valor, resultando no aumento de receita para as propriedades rurais, comércios e negócios associados, como na gastronomia.
A estratégia busca potencializar a comercialização dos queijos por meio da experiência de visitação e imersão no universo da produção, envolvendo os visitantes com a história e a tradição do território e da sua associação aos atrativos turísticos existentes. O intuito é priorizar aspectos de localização geográfica e de capacidade de recepção pelas propriedades rurais.