O acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado em 6 de dezembro, traz perspectivas altamente positivas para o agronegócio mineiro, especialmente devido à redução de barreiras tarifárias e ao reconhecimento de produtos com Indicação Geográfica (IG).
Impactos para Minas Gerais:
- Incremento nas exportações:
- O mercado europeu é o segundo maior destino dos produtos agropecuários de Minas Gerais, representando uma oportunidade significativa de crescimento.
- Em 2023, as exportações mineiras para o bloco europeu já alcançaram US$ 4,1 bilhões, superando o ano anterior.
- Produtos líderes de exportação:
- Café: Lidera com US$ 3,7 bilhões exportados, representando 90% do total.
- Celulose, farelo de soja e carne bovina também se destacam.
- Benefícios tarifários:
- Eliminação de tarifas para 82% dos produtos agrícolas do Mercosul.
- Preferência na exportação de carnes, etanol, açúcar e outros produtos importantes para a economia mineira.
- Sustentabilidade e certificação:
- A Plataforma SeloVerde MG assegura que commodities mineiras sejam produzidas em áreas livres de desmatamento, atendendo às exigências ambientais da União Europeia.
Outros pontos do acordo:
- Cotas e padrões de segurança: Alguns produtos, como carne bovina e arroz, estarão sujeitos a cotas. No entanto, padrões rigorosos de segurança alimentar e saúde animal serão mantidos.
- Reconhecimento de produtos com Indicação Geográfica (IG): Produtos brasileiros típicos, como a cachaça e o queijo Canastra, ganharão proteção contra imitações, fortalecendo a competitividade no mercado europeu.
O acordo promove tanto vantagens comerciais quanto sustentabilidade, um equilíbrio essencial para o agronegócio mineiro. Além de ampliar as oportunidades de exportação, ele assegura o alinhamento aos padrões ambientais globais, valorizando a produção local e o potencial de Minas Gerais como um player estratégico no comércio internacional.