A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou, a exoneração de Bruno Oitaven Barral do cargo de secretário municipal de Educação. A saída, segundo a publicação oficial, ocorreu a pedido do próprio secretário.
A decisão acontece após Barral ser afastado do cargo por determinação do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é investigado na terceira fase da Operação Overclean, da Polícia Federal, que apura um esquema de desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo emendas parlamentares e convênios.
Embora os crimes investigados não tenham relação direta com a administração pública da capital mineira, a Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Salvador (BA), São Paulo (SP) e Aracaju (SE).
Na casa de Barral, foram apreendidos dólares, euros, joias e relógios guardados em um cofre.
Durante sua posse como prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União) se posicionou sobre o caso, reforçando que não irá tolerar irregularidades entre os integrantes do seu secretariado:
“Parece que é um processo envolvendo projetos em Salvador, na Bahia. Não é na Secretaria de Educação de Belo Horizonte. Mas, obviamente, todo e qualquer secretário, ninguém vai passar a mão na cabeça de secretário em Belo Horizonte, e eu não vou passar.”
Bruno Barral estava à frente da Secretaria Municipal de Educação há cerca de um ano.
O esquema investigado teria causado um prejuízo estimado em R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos.